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Não sei o que elle me está a dizer disse Christina, olhando para o pateo. Posso abrir a janella, Lena? Eu estou preparada para soffrer todas as crueldades esta manhã. Abre a janella, abre. Fala-lhe. Christina correu a vidraça. A voz de Henrique chegou distinctamente aos ouvidos de Magdalena. Então aquella grande madrugadora da nossa prima, onde está? perguntou elle a Christina.

A final serenou a violencia da irritação do velho; succedeu-lhe, porém, uma commoção profunda, dominado por a qual disse a Magdalena: Socega, Lena; ámanhã eu receberei teu pae sem a menor aspereza. Fizeste bem em vir primeiro, filha. Se o não esperasse, talvez não soubesse conter-me. Agradecido. Uma noite é bastante para me preparar. Agora vae, deixa-me ; deixa-me... chorar.

Magdalena, Angelo e Christina correram a abraçar o conselheiro; Henrique reteve, porém, os dois ultimos dizendo: Primeiro Lena. Talvez tenha a pedir alguma mercê a s. ex.^a, e á primeira não ha caracter de ministro que não ceda. O conselheiro sorriu .

Deixem-o morrer em paz, á sombra d'aquellas arvores a que elle quer tanto. Que importa passar mais alguns annos sem uma estrada? Poesia! disse o conselheiro, sorrindo para Henrique, que lhe correspondeu. Perdão! acudiu Magdalena, córando é caridade. Ora vamos, Lena. razoavel. Todos soffrem no mundo sacrificios maiores do que esse; eu mesmo, que me não tenho ainda assim por victima da sorte...

Dize antes se tenho coragem para arrostar com as iras do velho, e com as maldições que sei vae sacudir sobre mim. Lena calou-se, suspirando. Mas vejam a inevitavel fatalidade que me persegue! continuou o conselheiro. Eu, que tinha feito voto de não me entreter de negocios publicos esta noite! Ai, Lena, Lena, a culpada és tu!

Encontrou-se na sala immediata com Christina, que ia em direcção ao quarto de Henrique, com um copo de agua acidulada. Que ha, Christe? perguntou-lhe Magdalena. Que ha de haver, Lena? respondeu Christina com tristeza, mas com serenidade ao mesmo tempo uma desgraça, mas que Deus ha de permittir que não seja sem remedio. Como está elle?

Ao cahir da tarde, accommettia-o uma febre intensa, que o fazia delirar. N'essas crises, deitado de costas; com as faces affogueadas e os olhos muito brilhantes e fixos n'um ponto vago, o doente falava e gesticulava, proferindo repetidas vezes o nome da mãe e da Lena. D. Bernardo, sentado ao lado, perguntava-lhe com voz carinhosa: Tu que dizes?

Ora anda, que o outro foi tratante!... O conselheiro sorriu ao expediente da cunhada, e não pôde deixar de dizer: N'esse caso deixava ao Pertunhas a regencia da philarmonica? E tu, Lena, qual é a tua opinião? Magdalena respondeu sem vacillar: A minha opinião é que o pae deve ir a casa de Augusto, pedir-lhe humildemente perdão pela offensa que lhe fez.

As creanças reprimiram um pouco mais as expansões de seus jubilos, mas ainda ficaram cantando a meia voz, em musica de composição d'ellas, o seguinte: Vem o primo Angelo! Vem o primo Angelo! Ora viva, viva! Ora viva, olé! Pschiu! Calae-vos! bradou ainda D. Victoria; e voltando-se para Magdalena: Mas então como se entende isso, Lena? Então o pae diz que vem... Nas vesperas do Natal.

E não haveria outro meio? perguntou Angelo. Acaso ha esses dois logares para dirigir a estrada? Que antes nunca se fizesse! exclamou Magdalena, apaixonadamente. Ahi temos como o sentimento me torna retrograda a minha Lena. clama contra as estradas como qualquer reaccionario convicto. Havia um outro traçado, mas esse ia destruir completamente os campos do Brejo. Ah! então esse, esse!

Palavra Do Dia

stuart

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