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Adriana não dissimula a alegria nem as lagrimas; escreve o que pensa, conta o que sente; mostra-me que não somos dois, mas um, tão sómente um ente universal, para quem Deus creou o sol e as flores, o papel e a tinta, o correio e as carruagens fechadas. Emquanto ideava isto, creio que acabei de beber o café; lembra-me que o criado veiu á mesa e retirou a chicara e o assucareiro.

E lembra-me com emoção o fervor d'aquellas preces murmuradas como a derradeira supplica do que vae apparecer na presença de Deus. Os tiros avisinhavam-se, e o alarido, ao principio confuso, era perto um grito distincto: morram os frades! abaixo os ladrões! «Eram 23 de Outubro de 1833. Que noite aquella, santo Deus!...

Uma das vezes lembra-me, que seguindo o falso pendor da nossa detestavel educação de sala, fui sentimental, sem dar por isso, de uma sentimentalidade piegas, da que produz sempre um certo effeito no espirito das meninas que valsam. Levantou subitamente a cabeça, como se ficasse um tanto surprehendida, como se tivesse agourado melhor de mim, á primeira vista.

«Mas, de todas, uma me vem á memoria, e lembra-me que dizia meu pae que êle a cantára, e ouvira-lh'a a ama da menina. «Por certo, parece que assim o ordenou a ventura para que Aonia fosse sabedora de seu cuidado, quando êle de todo andava desesperado; e, não se podendo d'ali apartar, ordenava, andando desvairadas cousas de si, que desvairadamente o atormentavam.

Desde o Minho até ao Algarve, não houve terra em que se não pegasse em armas contra os francezes. O Junot mandou as suas tropas esmagar as revoltas, e os francezes fizeram então cousas do arco da velha, mataram, roubaram, queimaram... Ah! pae do céu! exclamou a tia Margarida, eu era bem pequenina então, havia de ter sete ou oito annos, mas lembra-me do que minha mãe me contava.

Aquella, cujo amor me causa alguma pena, Põe o chapeo ao lado, abre o cabello á banda, E com a forte voz cantada com que ordena, Lembra-me, de manhan, quando nas praias anda, Por entre o campo e o mar, bucolica, morena, Uma pastora audaz da religiosa Irlanda. Que linguas fala? A ouvir-lhe as inflexões inglezas, Na Nevoa azul, a caça, as pescas, os rebanhos!

O maestro sacode a batuta, E languida e triste a musica rompe... Lembra-me a minha infancia, aquelle dia Em que eu brincava ao d'um muro de quintal Atirando-lhe com uma bola que tinha d'um lado O deslisar d'um cão verde, e do outro lado Um cavallo azul a correr com um jockey amarello...

E o Thomé da Povoa lembra-me bem que me disse: «A minha Bertha o que deve esperar é um marido honrado, trabalhador e que a saiba estimar, e o seu Clemente é a nata dos rapazesDepois, aqui para nós, o Thomé sabe as circumstancias em que tu estás, e, vamos , isso tambem influe. E faz elle muito bem, isso ninguém lhe póde levar a mal. Porém Bertha... Deixa-te de acanhamentos, rapaz.

Realmente, senhor, lembra-me que um dia, Quando madrugada alvorescia Toda em perfumes, canticos e flôres, Alguem, que de mim tinha por amores, O symbolo d'aliança me entregava, E em meu peito dizia que se achava! Lembra-me!... Se me lembra, meu senhor, Tão lindo despertar, tão lindo alvôr Da pura realidade dos meus sonhos, Feitos de beijos castos e risonhos, De melodias suaves e plangentes!

Ás vezes ela cantava a «Nau Catrinêta»: vai a Nau Catrinêta Por sobre as ágoas do mar... E outras vezes, numa melodia muito saudosa e tão medieval, Era a «Bela Infanta»... Relembro, e a pobre velha voz ergue-se dentro de mim E lembra-me que pouco me lembrei dela depois, e ela amava-me tanto! Como fui ingrato para ela e afinal que fiz eu da vida?

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