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Pelas chaminés subia uma columnasinha de fumo azulado, transparente, que a enchia do cheiro bom, alegre, do pinho queimado nas lareiras, aquecendo os almoços. Quando o homem voltou a si, depois de muitas horas de cruel delirio, apenas intervallado por curtos somnos cheios de pesadelos, um pesadelo ainda lhe pareceu a lembrança confusa de toda aquella noite agitada.

E agora ide! Ide antes que os meus olhos vertam lagrimas como os d'uma mulher. Quando estiverdes, longe, nas vossas casas, junto das vossas lareiras, pensai por vezes em mim... Adeus! Adeus para sempre, Incubú, Macumazan, Boguan, grandes homens e meus amigos!

O Conde olhou tristemente para as janellas das casas dos lavradores alegremente illuminadas pelo fogo vivo das lareiras, e, estremecendo de frio dentro da velha sobrecasaca parda, levantou-se, tocou uma campainha e, mettendo as mãos nas algibeiras, começou passeando pela sala.

A hora em que perdido do Lar, dos meus Irmãos, Scismando no meu Lar, eu junto as frias mãos; A hora em que o traidor por mais que faça esforços Não póde em si calar o susto dos remorsos; A hora em que se acende o lume nas lareiras E ladram cães ao longe, em véla pelas eiras; A hora em que entristece na rua o caminhante, E pára vendo o Sol cahir agonisante; E as raparigas trémulas se vão fechar as portas, Ouvindo ao longe as rãs, gritar em agoas-mortas!

Previra Domingos Leite que na casa de Francisco Mendes Nobre, com toda a certeza, não moravam fadas lareiras que lhe cosinhassem o jantar. Esta racional hypothese, não vulgar nos personagens das novellas, preveniu-o fora de portas, indusindo-o a comprar dois pães saloios, com que substituiu frugal e alegremente os dois repastos do dia.

Reso de joelhos vendo a tarde triste, Pintada a sangue, em longes de pinhaes... Vendo imagens de estrela em charcos de agua, O oiro caido ao chão das arvores outomnaes E as nevoas, frias tunicas de magua, Vestindo outeiros nus... Vendo o fumo de rusticas lareiras, Onde ha velhas fiando em negras preguiceiras O livido lençol que as ha de amortalhar, E rezam n'uma voz de sombra: amen Jesus... E ficam-se a scismar... fóra, ouve-se uivar phantastica alcateia E andam Bruxas a rir... Rangem velhinhas portas, Treme a luz da candeia, A cinza sobe no ar, as brazas mortas Começam a luzir...

Os fumos das lareiras accesas se escapavam, lentos e leves, d'entre a telha rala. Na loja do João ferreiro, adeante da Portella, o clarão da forja avivou, mais vermelho. Um bum-bum de tambor bateu festivamente para o lado dos Bravaes, cresceu apressado, marchando: n'algum cabeço, depois lentamente se afastou, esmoreceu, logo sumido, em arvoredos ou no valle mais fundo.

E sentia, entre a sêda das cortinas, n'um fino ar macio, o cheiro das pinhas estalando nas lareiras, o calor dos curraes atravez das sebes altas, e o susurro dormente das levadas... Despertei a um brado que não sahia nem dos eidos, nem das sombras. Era o Gran-Duque que se erguera, encolhia furiosamente os hombros: Não se ouve nada!... guinchos! E um zumbido!

O Fidalgo ria, beijocava pequenadas encardidas, apertava mãos asperas e rugosas como raizes, accendia o cigarro á braza das lareiras, conversando, com intimidade, das molestias e dos derriços. Depois, no calor e da estrada, pensava: «

Para o lado d'onde o rio vem são collinas baixas, de fórmas arredondadas, cobertas da rama verde-negra dos pinheiros novos; em baixo, na espessura dos arvoredos, estão os casaes que dão áquelles logares melancolicos uma feição mais viva e humana com as suas alegres paredes caiadas que luzem ao sol, com os fumos das lareiras que pela tarde se azulam nos ares sempre claros e lavados.

Palavra Do Dia

stuart

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