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Chegou ao ponto da margem, chamado Rego Lameiro. Ahi opéra o Douro uma das suas subitas e surprendentes transformações. Expiram as collinas fronteiras de uma e outra margem, interrompidas por um valle deliciosissimo, onde a vegetação é mais abundante, mais povoadas as verduras, e onde se encorporam em riachos as aguas escoadas dos proximos declives.

«Coisa » é a lua de março; a lua marcina, como lhe chamam no campo que nem deixa saber se haverá trigo ou milho emquanto ella não passar; coisa é a terra esquentadiça e delgada, a terra que aperta e não produz, defronte mesmo de chão fresco, chão de barro, ao de varzea; coisa é o lameiro virgem; a espada que matasse homem, ou que passasse tres vezes o Douro e o Minho; o lenço de assoar que nos deram sem que recebessem cinco réis em troca...

Então, a senhora Luísa confidenciou quase ao ouvido do homem: Ouves? se não pode ir ao lameiro do Canelas pelo pau. ? qual pau? O da bandeira. Todo o mundo o sabe. Ele riu-se. Todo o mundo, hein? Melhor! Oh! oh! todo o mundo!... E como ela ficasse estupefacta. Nunca ouviste dizer que se põe o ramo numa porta e que se vende o vinho noutra? Ah!... Mas são verdes.

Vejamos isto disse o de Matto-grosso, abrindo a carta, e lendo o seguinte: «Meu estimado filho. te disse que venhas para casa, que não ha dinheiro para andar em folganças. Os tempos estão muito bicudos, e o bicho pegou nas videiras. Os bezerros do caseiro da Portela estão com a molestia, e a cheia levou a parede do lameiro do Quinchoso. Tudo são despezas.

Nisto vieram chamar o Palma, que no lameiro ali em baixo andavam uns bois que não eram dele. Foi-se a buscar um marmeleiro, e depois, quando ia para sair, disse em resumo: Fique vossemecê então, Sr.^a Fortunata. Ouves, Rufina? Talvez que ela inda não jantasse. Faz-lhe a cama dentro, e o resto arranjem-se.

Os bois para o lameiro. Mas o Francisco apontou dois sacos que ficavam: «seria preciso vir por elesNão vale a pena, irão. E depois, para aquela gente, observou que bem sabia ele quem os levava, aqueles dois sacos... Com mil demónios! Apostar que vocês não adivinham? «Eles sabiam ?... Quem quer podia levar os dois sacos, olhem agora!» O «Sultão», sabem? o «Sultão»! Esse é que os levava.

Depois eram corridas, festas, gargalhadas, saltos, até que o assobio do creado da quinta chamava o fiel animal ás suas obrigações: partia então como um raio, para escoltar as vaccas, que levavam aos pastos, e impedil-as de entrar no lameiro do visinho.

A creaturinha delicada e deliciosa, princeza de balada d'hoje, urna de perfume, a quem me entregava como um collegial, era uma aventureira das que frequentam a Riviera no inverno, Aix no verão, Paris na primavera, e que a Sevilha viera atraz d'um clown, que no circo fazia rebentar estrépitos de gargalhadas... Ao seu morbido encanto me prendera, e atraz d'ella me fui a soluçar, flor de lameiro em que puz todo o perfume suave... Fôra nas mãos d'ella um saxe fragil como que se brinca!

Se algum remorso impertinente As almas castas lhes mordia, Catava-o logo com um pente Um bispo n'uma sacristia. Crendo nos dogmas mais profundos, E achando a vida um bom lameiro Tiveram sempre Auctor dos Mundos Por um perfeito cavalheiro. Deram de graça a varios santos, A Jesus Christo e á mãe das Dôres C'roas, chinós, tunicas, mantos, Burseguins d'oiro e resplendores.

Não pela belleza do sitio, cantado pelo «nosso mavioso Cunha Torres»; mas porque do terraço da Bica, sem esforço, sentado no banco, avistava n'uma largueza terras suas: Olhe V. Ex.^a... Para além d'aquelle souto, até á chã e ao comoro onde está a casota amarella e por traz o pinhal, tudo é meu... O pinhal ainda é meu... Acolá, do renque d'álamos para deante, depois do lameiro, é tambem meu... Alli, do lado da ermida, pertence ao Monte-Agra... Mas, mais para , passado o azinhal, pelo monte acima, é tudo meu!

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