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De estrellas a accender-se o Empyrio se povôa; tal a fada Coimbra, a senhoril Lisboa, nest'hora a quem as olha, entram no escuro a abrir de luzeiros um labyrinto. ¡Ceos! ¡Não oiço eu troar... seus coches!... O que sinto é vento em selvas a rugir. Calae, fugi, ventos agrestes; sumi-vos, lampadas celestes; n'um seio a delirios prestes não susciteis mais tentações.

Não descontinuavam, no emtanto, diligencias para se descobrir o esconderijo, em que se homisiava sempre que se presumia ir-lhe lançar a mão á ponta do veo. Com a obstinação do mysterio, recrescia o affinco das pesquizas. Apparece um fio no labyrinto: as minhas cartas vão por Villa do Conde para Azurara; mas ¿quem as toma em Azurara?

Emaranhado n'esta ordem de considerações, o padre Filippe adormeceu, reservando para o dia seguinte a leitura do manuscripto, que talvez viesse fazer luz em tão escuro labyrinto. Se essa leitura alguma coisa o esclareceu, poderemos nós avaliar pela conversação que, na tarde d'esse mesmo dia, se travou entre elle e madre Paula, na casa das Sereias.

Ca está a curiosa tôrre das Cabaças, a velha egreja de San'João do Alporão. Ámanhan iremos ver tudo isso de nosso vagar. Agora vamos á Alcaçova! Entrámos a porta da antiga cidadella. Que espantosa e desgraciosa confusão de intulhos, de pedras, de montes de terra e calissa! Não ha ruas, não ha caminhos, é um labyrinto de ruinas feias e torpes.

Manuel Fernandes Tomás, havia desde os primeiros anos abraçado a profissão das letras para a qual uma particular affeição, e uma favoravel disposição de espirito efficazmente o impelliam: habituado pela experiencia dos primeiros logares, e ainda mais pelos seus talentos, e assiduos estudos para subir aos mais elevados empregos da magistratura, era antes d'isso conhecido, e occupava um logar distincto entre os literatos, e illustres portuguezes, pela produção de uma obra, que podem dignamente apreciar aquelles que, forçados pela sua profissão ou emprego a investigar o confuso labyrinto da nossa legislação, depois de trabalhos penosos e sempre inuteis, tem de confessar por fim que ignoram a maior parte de seus dispersos elementos: uma compilação perfeita d'esta confusa legislação, que poderia obter-se á custa de um trabalho insano, de uma perseverança inaudita, era capaz de assombrar o animo mais arrojado que até recearia emprehendel-a: Fernandes Thomás não a emprehende, mas corajosamente a termina; dando com este ensaio um não pequeno indicio d'aquella firmeza e constancia de que posteriormente deu provas tão decisivas: nomeado Membro da Relação do Porto, occupando n'esta um logar importante e distinto, repartia os poucos momentos que lhe sobravam das laboriosas fadigas do seu emprego entre o estudo das sciencias, e a conversação de poucos mas bem escolhidos amigos: d'alli observava e lamentava em segredo os males que então opprimiam a nossa Patria, victima dos caprichos de um Governo tyrannico e absurdo: alentava-o comtudo a esperança de que seus membros, reflectindo alguma vez seriamente sobre a profunda miseria, que por toda a parte se descobria, e que claramente mostrava mais que ligeiros symptomas d'uma violenta crise, na qual os mesmos Governantes fossem sacrificados, acordariam finalmente do estupido lethargo em que parecia estavam submergidos, e quando não fosse pelo bem e interesse geral, pelo seu particular interesse, adoptariam medidas coherentes e adequadas á penosa situação dos Povos: porem vãs esperanças, inuteis desejos de uma alma benefica, d'um coração patriotico!

N'esta conjunctura apparecem-lhe inesperadamente dois judeus portuguezes, que o buscavam e que para saberem d'elle na bella cidade de Amron, na opulenta rainha mussulmana do Oriente, no labyrinto immenso d'essa Babel, em tão embaraçosas situações se viram, que tiveram por vezes perdida a esperança de encontra-lo. Em boa hora vieram.

De estrellas a accender-se o Empyrio se povôa; tal a fada Coimbra, a senhoril Lisboa, nest'hora a quem as olha, entram no escuro a abrir de luzeiros um labyrinto. ¡Ceos! ¡Não oiço eu troar... seus coches!... O que sinto é vento em selvas a rugir. Calae, fugi, ventos agrestes; sumi-vos, lampadas celestes; n'um seio a delirios prestes não susciteis mais tentações.

Ca está a curiosa tôrre das Cabaças, a velha egreja de San'João do Alporão. Ámanhan iremos ver tudo isso de nosso vagar. Agora vamos á Alcaçova! Entrámos a porta da antiga cidadella. Que espantosa e desgraciosa confusão de intulhos, de pedras, de montes de terra e calissa! Não ha ruas, não ha caminhos, é um labyrinto de ruinas feias e torpes.

N'este labyrinto da Historia, que os historiadores nem sempre tem podido espurgar das paixões, quão difficil é apreciar com justiça o caracter dos homens que n'ella mais preponderam por suas acções e influencia.

Deixae-o andar a elle saltitando inconstantemente pelo labyrinto dos silvados, nas chorêas aereas e loucas dos seus eguaes, como um cardume de pequenas faiscas intermittentes; deixae-o volitar tão altivo da sua liberdade, que a energia do luzeiro em baixo, tão formoso e mais vivido que o seu, o arrebatará em vindo a hora, e no leito de seda de uma florinha, sob o docel de uma folha verde, o amor e o hymeneu accenderão os seus fachos áquella duplice chamma confundida n'uma .