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Pobre rapariga! Que eloquentes e apaixonadas respostas lhe estava porventura ditando a alma! mas o enleio da timidez fechava-lhe os labios, não lhe deixando formulal-as; apenas pôde responder: Está muito agradavel a manhã, está; nem parece de inverno!

O nosso pescador voltou á sua faina. Consta que, n'aquelle dia memoravel, o cabaz se lhe encheu de uma espantosa quantidade de tudo que o mar . Á tarde, tornando a casa ajoujado com a carga, bailava-lhe nos labios um sorriso, que provinha da boa pesca que fizera, e tambem da boa acção que praticara.

Tinha uns longos lábios froixos, a face pendente, e o assetinado fulgor dos olhos castanhos perdia-se afogado na papugem abundante das olheiras. Tôda de negro, como o marido, com o volumoso espaldão dos ombros resguardado por uma capota ligeira de veludo.

Como não podia dominar o tumulto, calou-se, dizendo apenas estas palavras mais: Hoje não me quisestes ouvir. Um dia virá em que eu me farei escutar! E um dia veio em que não a camara dos communs, mas a Inglaterra, todo o continente, a terra civilizada escutavam com anciedade as palavras que iam cahir dos seus labios, e que traziam comsigo a paz ou a guerra na Europa.

As paginas d'este livro estavam todas em branco. No emtanto, o mysterioso personagem ia volvendo-as com um sorriso amargo a vincar-lhe os labios, como se do fundo branco d'aquellas folhas resaltasse um pensamento negro.

O silencio não nos é mais agradavel; as apprehensões ganham corpo no meio d'elle; falam os presentimentos do mal. Tentamos sorrir, gela-se-nos o sorriso nos labios. A quietação é-nos tão intoleravel como o movimento. Anciamos sair da incerteza, e de cada individuo que chega, trememos de saber a nova fatal.

Fui para ella, que ficára estirada de costas sobre o tapete. Levantei-lhe a cabeça. Não lhe senti o pulso. Ergui-a em peso, tomei-a nos meus braços. A fronte d'ella pendeu sobre o meu hombro, ficando perto dos meus labios a sua face desmaiada. Approximei-me de um sophá.

Leonor encarou-o com os olhos scintillantes e os labios tremulos de colera: Pois ainda não comprehendeu? rouquejou ella Quero vingar-me!

E o cortinado descerra-se um pouco, para dar passagem ao joven noivo, em cujos labios se desenha um franco sorriso de satisfação intima. E dentro, na meia sombra que as rendas projectam, dorme ainda a formosa Paula, semi-núa, no inconsciente despudor de um somno que foi agitado... Alfredo olha para todos os lados, muito contente e risonho.

Flor's que dos teus labios coralinos Ouviram confidencias tão secretas, E que teus dedos brancos, peregrinos, Deitaram fóra... Pobres Violetas! Perdidas pela sala e desatadas, Encontrei-as, as pobres, requeimadas, Ainda cheias desse teu encanto! Mas 'stão inquietas e viçosas, As que olharam teus seios vergonhosas... Reviveram nas aguas do meu pranto. +A minha alma morreu...+