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Juro-te que em todas as circumstancias, sempre darei a minha vida pela tua, quererei os teus perigos, serei a tua creatura, e só te peço uma cousa. O quê?
Dyonisio, juro-te que sou innocente, exclamou a menina Emilia, levantando-se rapidamente, e correndo a ajoelhar-se aos pés do homem de capote de camellão, acredita-me Dyonisio. Levantai-vos, senhora, vós não sois culpada; mas o infame seductor... Oh! senhor eu não seduzi ninguem. Calai-vos. Dyonisio, peço-te justiça, e não indulgencia.
Não sei... não posso dizer-te nada por emquanto, senão que tudo espero d'este funesto designio manifestado por meu pae... Mas seja como fôr, jura-me que não duvidarás nunca da mim, que has-de sempre confiar na tua Beatriz como n'aquella que mais te ama no mundo. Juro-te, meu amor, que serás minha e que não te has-de encontrar só na lucta e no soffrimento.
Repara que eu fui para ti simplesmente uma amante... E então? Acabou tudo nêste dia em que começo a tornar-me um embaraço para a tua felicidade... Maria Celeste: juro-te! Não jures. Tu no fundo sentes isto mesmo, mas não tens coragem de mo dizer...
Não! juro-te que nunca dos labios d'esse rapaz ouvi uma palavra que pudesse dar-me a perceber o mais tenue sentimento de amor por mim. Fóra dos cumprimentos e ceremoniosas attenções que as pessoas de boa sociedade usam ter para com uma senhora, não se trocaram entre nós quaesquer amabilidades que justificassem o pensamento d'este enlace que me surprehende!
Juro-te que só por casualidade... Emfim, seja como fôr, visto que elle nada nos disse, nos não lh'o devemos perguntar. Como se vê a conducta de Ernesto causava viva curiosidade ao honrado casal. Ao cair da tarde Ernesto e Mauricio levantaram-se da mesa. Levamos Roma e Florença? perguntou o pintor.
Alvaro de Sousa estava vingado. Tens mentido com a mais soberana presença de espirito! atalhei eu. Não minto, juro-te que não minto... Estás muito em occasião de verificar estes factos... Deseja conseguir a verdade, que has-de conseguil-a. E eu acreditei-o; e ámanhã acreditarei tambem que qualquer destemido despejou um bacamarte nos intestinos do seu anjo...
Agora, repara... Juro-te que serei só tua e que te não traírei, enquanto tu me quiseres!...
O intendente continuou: «Pela fé que devo a Deus e a el-rei nosso senhor, juro-te que cumprirei a minha palavra.» Confiado n'isto o rachador de lenha foi
Juro-te! Dize a verdade, homem. Do mal o menos. Quanto te prometteu? Olha que a corda, que ha de pendurar-te na forca, já está fiada e torcida... Se eu disser não me descobre? Não! O teu crime te descobrirá. Quanto? Seis moedas... Por conta, ou ao todo? Por conta. As outras seis... havia dar-m'as em Lisboa... quando levassemos os presos. Ah! Agora repara. Vamos ás nossas contas.
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