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Amor! amor! mas um amor como o teu, ó casta e pura Amelia, como o teu, ó Julieta, ó noiva gentil de Romeu e da sepultura, quero um d'esses amores sublimes, e, se elle não se encontra na terra, surge dos tumulos, ó pallida virgem por quem eu anhelo, e mostra-me ao menos n'um relampago as mysteriosas alegrias da eternidade

Julieta está entre as suas roseiras, com os cabellos revoltos, o seio offegante? Um fremito! Foi uma folha que cahiu? Ah! não foi, foi um beijo que poisou. Estás bem servido, desgraçado! Romeu piegas! esse beijo coou-te ao sangue a febre do casamento. Ó desgraçado!...

Tanto mais que para Henrique Osorio o casamento e a mortalha devem estar intimamente ligados... O homem que ama espectros... O auctor de Julieta! N'este momento vieram dizer ao conselheiro Madureira que a sua carruagem o esperava. Despediram-se elle e a filha dos viscondes da Fragosa, Isaura deu um beijo frio em Leonor, e cumprimentou seccamente Henrique Osorio.

Deviam ser assim os olhos de Julieta, Quebrado o doce olhar em morna languidez, Quando vinha ao balcão falar ao meigo poeta, Ao classico Romeu do grande poeta inglês. E os seus olhos azues, dois sonhos sideraes, Eram na bella face alabastrina, as puras Emanações da luz astral dos Ideaes, Eram dois mares vaporosos de tonturas.

Um qualquer nada provoca esse fatal ou providencial enlaçamento d'atomos. Por vezes um olhar, como desastradamente em Verona succedeu a Romeu e Julieta: por vezes o impulso de duas creanças para o mesmo fructo, n'um vergel real, como na amizade classica de Orestes e Pylades.

N'uma soirée heroica, ignea e linda Jurára o fulvo Arthur até á morte Ser da formosa e pudibunda Olinda Chumbando a ella p'ra sempre a sua sorte. Por ella ao inferno iria, o mar ainda Beberia d'um trago! Ella é seu norte, Meiga estrella de lucido transporte, Palpitante de rubra graça infinda. De manhã cêdo a nossa Julieta Desce nas crespas vagas a banhar-se Mascarada n'um fato de baeta

Em paz deixa dormir a terna Julieta Que aos ceos ainda por ti levanta as brancas mãos; E em quanto por mim corre a tetrica ampulheta, Da muza alegre e vil da torpe cançoneta Saudemos a nudez a par dos bons pagãos! Nas praças, tu bem vês; a turba prazenteira Innunda-se na luz de mil constellacões!

Essa aureola de poesia e de encanto com que Shakespeare circumdou a fronte da pallida italiana, parecia atravez das edades vir doirar com um reflexo luminoso a fronte gentil da Julieta, que eu adorava. Foi a unica informação a seu respeito que d'ella obtive. Tudo o mais ficava para mim envolvido n'um mysterio que eu não tentava penetrar.

A Julieta de certo a não perceberiam, acudiu Leonor, sorrindo maliciosamente para Henrique. Não eram elles, resmungou Henrique Osorio. Isaura não ouviu; estava toda embebida n'uma larga conversação com Lucio Valença. Ah! eu me encarrego d'elles; pago ámanhã a minha quota, aproveito o precedente de Lucio. O quê? o quê? acudiu Lucio, que ouvira pronunciar o seu nome.

Trituras, lobrega sargeta, Sem que o horror te engasgue e abafe Os seios virgens de Julieta E a pança obscena de Faltstaff. Cinismo atroz que a alma oprime, Fetida e funebre impudencia! A boca esqualida do crime Posta na boca da innocencia! O abutre e a pomba, o cardo e a anemona Na mesma leiva apodrecida: Tropman chegando-se a Desdemona, E Papavoine a Margarida!

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