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Além, na planicie, o vidoeiro absorvia os abetos, aqui na collina e na montanha separaram-se, e cada um apparece com as suas fórmas. São paizagens d'um genero que geralmente se aprecia e, a meu vêr, por esta razão são as que encerram maior riqueza. Emquanto a planicie nos dá a maxima repetição na minima e constante variedade, uma successão de manchas repetindo-se innumeras vezes mas variando constantemente na successão (como demonstração offerecerei o effeito das pinturas japonezas em sêda), na montanha temos toda a belleza linear possivel na paizagem, resultante da nitidez de traços com que se desenha no espaço e do isolamento que no arvoredo provém da disposição. Belleza a que o mar e os lagos dão maior relevo ainda, porque introduzindo novos tons e novas côres ao mesmo tempo destacam, emmolduram, dão luz.
Os raios do sol afagam de luz dourada as avezinhas, que saltam nas gaiolas, e beijam as corollas das flores, cujos variados matizes sobresaem, marchetando os bellos ramos, que enfeitam as antigas jarras japonezas em cima do marmore dos tremós. O gato valido dormita enrolado sobre o seu coxim de lã. A agulha continúa esquecida, picando a tela na folha começada mezes antes no bastidor.
Pela primeira vez surgiu no meu espirito este pensamento quando em Copenhague encontrei na exposição pinturas japonezas em sêda, esboços grosseiros de paizagens sobre um fundo sem nuvens, unicolor. E todavia transmittiam-me a impressão de uma paizagem por muito que me repugnasse crêr na realidade do céo e do ar amarello ou verde.
Os olhos azues, da tinta das más porcelanas japonezas, volviam-se cheios de vivacidade, armando ciladas quasi constantes á formosura, ou á riqueza, duas conquistas em que seu dono os empregava com summo gosto. N'este momento, um véu de inquieta tristeza assombrava a sympathica physionomia de mr. Juffré.
Será rara a familia que näo tenha interesses na labuta; as grandes fabricas constituem excepçäo, como em todas as primitivas industrias japonezas; em cada albergue se improvisa uma manufactura, modesta, familial, onde todos trabalham, risonhos, palestrando.
A Carlos Campos Isto aconteceu ha cerca de mil annos, em terras japonezas: um cavallo, que o grande artista Kanaoka desenhára n'um biombo do templo de Ninnadji, perto de Kioto, era uma tão bella creação, cheia de verdade e palpitante de vida, que todas as noites se escapava do papel para ir galopar pelos campos em roda, culturas fóra, devastando a esmo as sementeiras; e o caso dava-se, claramente, com magno espanto e raiva dos camponios, que o perseguiam á pedrada.
Uma bella tarde, tarde de banho por signal chegou o homem a casa, e, como se diz em portuguez... cheio de fome. «Tardará muito para a ceia? resmungava. Irá o banho em meio ou em principio?» A esposa, é claro, achava-se invisivel, e com a portinha fechada a sete chaves; mas casas japonezas são casas de papel, e uma fenda, um rasgão, convida-nos a enfiar os olhos para dentro.
Entäo, ou porque quizesse poupar-se a um tormento a mais, ou quem sabe? por um resto de garridice deminia, viram-n'a rasgar com os bellos dedos tremulos um pedaço da seda carmezim do forro do vestido, com quem amarrou junto á nuca, erguendo os braços, esses pobres cabellos... A idea pareceu graciosa ás raparigas, que se iam juntando em grupos curiosos para observarem o cortejo; e desde entäo as japonezas começaram de usar aquelle enfeite, que persiste até hoje e a que chamam kikidashi litteralmente: farrapo em memoria de O-Hichi, a triste namorada de Kichisa...
De um lado alinham-se as casinhas japonezas, entre ellas as mais famosas chayas de Kobe, Tokiwa e outras, onde os japonezes vêem folgar; do outro lado, é a rampa ingreme, coberta de pinheiros, e sóbe a collina inculta, em corcovas accidentadas, onde assenta um templo notavel. Nas chayas, segundo o costume, havia festa.
Querendo saber d'onde viria aquella preciosidade, seguiu o rato, que o levou muito longe, a um paiz ignorado, onde todos os campos estavam cobertos de arroz e onde o bonzo aprendeu a cultival-o, introduzindo-o depois no seu paiz. Foi d'aqui que nasceu a adoração das populações japonezas pobres, pelo rato, que conservam em casa mumificado, considerando-o como symbolo da abundancia.
Palavra Do Dia