United States or United Arab Emirates ? Vote for the TOP Country of the Week !
No reino de Bintão, que tantos danos Terâ a Malaca muito tempo feitos, Num ſo dia as injurias de mil anos Vingarâs, co valor de illuſtres peitos, Trabalhos & perigos inhumanos, Abrolhos ferreos mil, paſſos estreitos, Tranqueiras, Baluartes, lanças, Setas, Tudo fico que rompas & ſometas.
Nem era o pouo ſeu tiranizado, Como Sicilia foy de ſeus tiranos, Nem tinha como Phalaris achado, Genero de tormentos inhumanos: Mas o Reino de altiuo, & coſtumado A ſenhores em tudo ſoberanos. A Rei não obedece, nem conſente, Que não for mais que todos excellente.
Mas em tempo que fomes, & aſperezas Doenças, frechas, & trouoẽs ardentes, A ſazão, & o lugar fazem cruezas Nos ſoldados a todo obedientes: Parece de ſeluaticas brutezas, De peitos inhumanos & inſolentes, Dar extremo ſuplicio pella culpa Que a fraca humanidade & Amor deſculpa.
Em Moçambique esteve cerca de dois annos, e foi ahi que terminou e aperfeiçoou o seu poema, feito quasi todo já durante o tempo em que elle esteve em Macau, já durante as suas viagens e expedições, pois diz elle dirigindo-se ás Nymphas do Tejo e do Mondego: Olhae que ha tanto tempo que cantando O vosso Tejo e os vossos Lusitanos A fortuna me traz perigrinando, Novos trabalhos vendo e novos damnos, Agora o mar, agora exp'rimentando Os perigos mavorcios inhumanos; Qual Canace, que á morte se condena, N'uma mão sempre a espada e n'outra a penna.
Mas que vejo, Marilia! tu te assustas? Entendes que os destinos inhumanos Expoem a minha vida No cêrco dos Romanos? Com ursos, e com onças eu não luto. Luto c'o bravo monstro que me accusa; Que os tigres, e leões mais féro, e bruto. Embora contra mim raivoso esgrima Da vil calumnia a cortadora espada; Huma alma, qual eu tenho, Não se recêa a nada.
Aquella Companhia taõ intima pela criaçaõ altera o animo daquelles Senhorinhos, que ficaõ soberbos, inhumanos, sem idea alguma de justiça, nem da dignidade que tem a natureza humana.
Fortunas tem achado, e bom marido; Mas querem exceder os seus limites, Sustentar luzimentos, e appetites, Nos péssimos int'resses embebidas, Se fazem desgraçadas, e perdidas, Máos exemplos de Mãis, Pais inhumanos, He que põem estas tristes em taes damnos; A Mãi, que a filha achar por manha tonta, Huma tunda lhe dê, por minha conta.
Olhay que ha tanto tempo, que cantando O voſſo Tejo, & os voſſos Luſitanos, A fortuna me traz peregrinando, Nouos trabalhos vendo, & nouos danos: Agora o mar, agora eſprimentando Os perigos Mauorcios inhumanos, Qual Canace que â morte ſe condena, Nũ mão ſempre a eſpada, & noutra a pena: Agora com pobreza auorrecida, Por hoſpicios alheios degradado, Agora da eſperança ja adquirida, De nouo mais que nunca derribado: Agora aas costas eſcapando a vida, Que dum fio pendia tam delgado, Que não menos milagre foi ſaluarſe, Que pera o Rei Iudaico acrecentarſe.
Palavra Do Dia
Outros Procurando