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Da vibora he verdadeiro, Se a consorte vai buscar, Qu'em se querendo juntar, Deixa a peçonha primeiro, Porque lh'impede o gerar. Assi quando m'apresento Á vossa vista inhumana, A peçonha do tormento Deixo á parte, porque dana Tamanho contentamento. Querendo Amor sustentar-se, Fez huma vontade esquiva D'huma estatua namorar-se: Despois, por manifestar-se, Converteo-a em mulher viva.

Ou no Caucaso horrendo, fraco infante Criado ao peito d'huma tigre Hircana, Homem fôra formado de diamante; Porque a cerviz ferina e inhumana Não submettêra ao jugo e dura lei Daquelle que vida quando engana. Ou em pago das ágoas qu'estilei, As que passei do mar, forão do Lete, Para que m'esquecêra o que passei.

Jesus mesmo não vivêra sempre na sua santidade inhumana; era frio e abstracto nas ruas de Jerusalem, nos mercados do Bairro de David; mas tinha o seu logar de ternura e de abandono em Bethania, sob os sycomoros do Jardim de Lazaro; alli, emquanto os magros nazarenos seus amigos bebem o leite e conspiram á parte, elle olha defronte os tectos dourados do templo, os soldados romanos que jogam o disco ao da Porta de Ouro, os pares amorosos que passam sob os arvoredos de Gethesemani e pousa a mão sobre os cabellos louros de Martha, que ama e fia a seus pés!

Desce do ceo immenso Deos benino Para encarnar na Virgem soberana. Porque desce o divino a cousa humana? Para subir o humano a ser divino. Pois como vem tão pobre e tão menino, Rendendo-se ao poder da mão tyrana? Porque vem receber morte inhumana Para pagar de Adão o desatino. He possivel que os dous o fructo comem Que de quem lhes deo tanto foi vedado? Si; porque o proprio ser de deoses tomem.

Não lhe ensanguentava a cabeça essa corôa inhumana de espinhos, de que eu lêra nos Evangelhos; tinha um turbante branco, feito d'uma longa faxa de linho enrolada, cujas pontas lhe pendiam de cada lado sobre os hombros; um cordel amarrava-lh'o por baixo da barba encaracolada e aguda.

Os corações prende Com graça inhumana; De cada pestana Hum'alma lhe pende. Amor se lhe rende, E pôsto em giolhos, Pasma nos seus olhos. Verdes são os campos De côr de limão; Assi são os olhos Do meu coração. Voltas. Campo, que t'estendes Com verdura bella; Ovelhas, que nella Vosso pasto tendes; D'hervas vos mantendes Que traz o verão; E eu das lembranças Do meu coração.

Despojae-vos de toda essa grandeza De dões; e ficareis em toda parte Comvosco , que he ser inhumana. De mil suspeitas vãas se me levantão Trabalhos e desgostos verdadeiros. Ai que estes bens de Amor são feiticeiros, Que com hum não sei que toda alma encantão!

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