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Ronquerolle ainda não a tinha ido ver, e a infeliz rapariga sabendo do seu regresso a Paris, lamentava-se do abandono a que elle a votara. «Eu bem sabia, lhe dizia ella, que a tua partida para a Borgonha era o fim dos nossos amôres! Eu bem sabia que uma nova vida ia começar para ti, meu adorado Maximo, e que eu, pobre flôr desfeita, seria sacrificada á tua ambição, que uma nova paixão exige.

Introduziu-o no curral dos carneiros, mas a entrada do infeliz amante foi recebida com uma escaramuça de marradas, como se um lobo cerval os surprehendesse. Ultimamente, Mariquinhas, melhor avisada, levou o seu paciente amante para a cozinha, levantou um alçapão, fêl-o descer uma escada, e, quando descia mansamente o fatal alçapão, entrava o pai. Que fazes tu ahi, rapariga? bradou elle.

O outro, com um sangue frio ainda mais terrivel que o desespêro, aproximou-se de Leopoldo, encarou-o longo tempo, como olharia para o maior dos monstros, e exclamou por fim: Assassino!... Miseravel e cobarde assassino de mulheres!... Não posso eu ser o vingador d'aquella infeliz, porque desgraça! disseram-me que era teu irmão!... Mas Deus a vingará, malvado!... O teu futuro hade ser de cruel expiação, crê!... O maior castigo que te espera, é o prolongamento da vida que tens a viver!...

Devia soffrer muito a infeliz rapariga, tão fina de nascimento, ligada a um homem estupido e boçal que necessariamente a trataria como a qualquer escripturario de fazenda. Uma breve impressão de piedade lhe passou no coração, mas immediatamente procurou affastal-a.

Sentiu-se um ligeiro bulicio de folhas seccas. Era ella que se aproximava pisando descalça a caruma que cobria a eira. Claudio começou então a contar o que soffrera na jornada, como os dias lhe pareciam longos, como em toda a parte via a imagem de Maria. Não sei viver sem ti. Sou tão infeliz que preciso da tua voz para me dar animo.

Porque me interessam as almas superiores... Júlia pegou no volume que Frederico folheava, viu o título. Em todo o caso, tambêm romances!... Nos romances, ainda almas, minha senhora... De que trata êste? Dum amor infeliz, dum amor que nunca se confessou, e que era incomparável de elevação, de fervor, de constância... Bem sei!

Assucena não é tão infeliz como se imaginava. Pois diga, senhor, diga tudo o que sabe... Elle vem? Ha de vir, mas por em quanto não. Ora diga-me qual queria, vêl-o perseguido por seu padrasto, ou salvo da perseguição longe de si? Antes longe de mim; mas eu irei viver com elle no fim do mundo. Isso é que é impossivel... Assucena estava côr da cêra.

Seis mezes depois de professo, o monge foi ao Porto, e recolheu-se ao mosteiro de S. Bento da Victoria. D'ahi consultou soror Rufina sobre a sua ida ao convento, porque entrara n'elle o presagio de que a infeliz succumbiria ao vel-o desfigurado, encanecido, e triste como o espectro de uma felicidade morta, que os vermes roazes da desventura tornaram pavorosa.

Respondeu gravemente Martinho Vasques: Este infeliz foi transviado, corrompeu-o o mal do tempo, e a sua alma deve estar no purgatorio, aguardando o juizo final, feliz ainda assim por levar em seu favôr os serviços que filhos e netos teem prestado ao throno e ao altar.

Ermelinda sentia-se contrariada, indisposta, uma raivasinha secreta, amargurando-a, com engulhos de lagrimas; levantou-se, uma grande necessidade de chorar, de estar , de se julgar infeliz. E ao passar pela Joaquina, o lenço enxugava-lhe os olhos, que se avermelhavam, n'uma côr injectada de desesperos, humedecendo-se.