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Não era isto para elle um sonho; era um desejo, uma ancia, uma inspiração do céo, que lhe parecia sorrir como idéa realizavel, tão pratica e facil como fôra o descobrimento das Indias Occidentaes.

Tingiram-se mais uma vez de vermelho as aguas do mar das Indias; morreram innumeros; boiavam feridos, pedindo misericordia e recebendo tiros: e por fim, depois de todos os episodios e scenas proprias d'estas tragedias, a victoria foi pelo vice-rei que destruiu rumes e indios.

Chegou noticia a Roma do que se passava nas Indias, e o Padre Santo ordenou que se fizessem preces, para que Deus inspirasse a rainha afim de que casasse com um christão, coisa que redundaria em gloria e augmento da christandade.

Olhava Isabel particularmente para os interesses da religião catholica. Quanto não ganharia Castella propagando o Christianismo nas Indias, chamando ao gremio da Egreja Romana tantas almas pagãs, perdidas naquelles desertos, baptizando e salvando infelizes creaturas, a quem estava feixado o reino dos céos! Para outra direcção pendia Fernando de Aragão.

Vinha por ahi a Portugal o commercio das Indias, como D. Henrique pensára? Não. Monopolisado pelos arabes no Oriente, logo que Ceuta foi para elles perdida, desviou-se para outros portos do Mediterraneo. Varrida essa illusão, que restava?

Si Hespanha vangloriava-se com os descobrimentos de terras occidentaes praticadas por Christovam Colombo, oppunha-lhe Portugal agora os das Indias Orientaes, effectuados por Vasco da Gama. Eram os dous grandes vultos, cuja fama rivalisava, e que espantavam a Europa com seus feitos gigantescos.

Portugal estava mais proximo, que nenhum outro povo, do litoral africano; tinha tomado Ceuta; dobrara o cabo Bojador; e sabia, em virtude da passagem do cabo da Boa Esperança, que existia communicação entre o Atlantico e o mar das Indias. Por tudo isto nutria no peito a generosa aspiração de levar o nome da patria e do filho de Maria aos paizes em que nasce a aurora.

Basta a circumstancia de ser a carta de Pero Vaz Caminha, que ia n'uma das treze náos da frota de Cabral como futuro escrivão do almoxarifado que o almirante devia fundar nas Indias, datada de 1.º de maio, para tornar patente a impossibilidade do descobrimento a 3 desse mez. Nessa carta, onde Vaz Caminha conta do descobrimento, lê-se que elle foi effectuado a 22 de abril.

Opinou o conselho que mais annos menos annos se dobraria a Africa, e se navegaria seguro para as Indias, e que assim continuasse El-Rei nos seus planos anteriores; que si não era sonho de Colombo a viagem directa ao Oeste, por desconhecida se não devia tentar, parecendo fructo da imaginação mais que da sciencia humana.

Era o que consignavam as ordenações do reino no livro 5.º «Assi natural como estrangeiro, ditas partes, terras, mares de Guinéa e Indias, e quaesquer outras terras e mares e lugares de nossa conquista, tratar, resgatar, nem guerrear, sem nossa licença e autoridade, sob pena que fazendo o contrario moura por ello morte natural, e por esso mesmo feito perca pera nos todos seus beens moveis e de rays».

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