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Modestas virgens o habitam, que não teem liberdade de colher em frutos de oiro as festas da sociedade. Segui-me, segui-me affoitos, entremos. Abriu-se o templo. Seus ermos, ao mundo ignotos, inteiros d'aqui contemplo. ¿Não vêdes sobre os altares com graça engrupadas flores lançar torrentes de aromas, brilhar co'as mais vivas cores?

O bravo soldado que combatera na India e na Africa; o arrojado navegador que dominara a porcella e queria devassar ignotos mares que a espada de Balboa havia desafiado, como diz Alexandre de Humboldt «com a espada na mão mettia-se á agua até aos joelhos, e pensava apossar-se do mar do sul em nome de Castella» o heroe de Azamor, o homem forte que parecia viver para a audaz empreza da circumnavegação do globo, rendeu-se aos encantos de uma mulher, que soube conquistar-lhe o coração e a quem elle, pouco tempo depois de ter chegado a Sevilha, dava a mão de esposo.

Agora, os modernos herdeiros dos druidas erguiam em Sagres um novo templo, onde tambem ás noutes, não deuses, mas homens, se entretinham em falas com os ignotos mares, com as regiões desconhecidas.

O somno, as vigilias enchei-me da vossa esplendida vizão. ¿Val o riso choroso as festas da loucura? vinde, guiae-me á sepultura, crente no amor, na gloria, e rindo á solidão. ¡Eu blasphemo, eu desvairo! Aos encontrados votos, nem ecco respondeu n'estes covões ignotos.

Napoleão Bonaparte emprehende a conquista d'este paiz, e as aguias francezas triumphantes abrem ignotos caminhos á archeologia, e patenteiam-lhe um immenso thesouro de preciosas reliquias da mais remota antiguidade.

Era uma lingua de rocha cravada nas ondas e acoitada pelas ventanias do noroeste. Estava-se alli como a bordo; e a academia do infante parecia uma náu, em que vogavam os destinos ainda ignotos da nação. Os antigos tinham chamado sacrum, sagrado, a esse promontorio, e o nome de agora tambem traduzia, no pensamento e na linguagem, a passada denominação.

Ha um não sei quê de vago e sympathico nos seus ignotos caminhos, tão cheios de divina poesia e magica formosura, que nos seduz instinctivamente. Em todos os paizes ha d'estas pequenas povoações, mais ou menos dilectas do povo, e que parecem ter sido apontadas adrede para a representação dos grandes dramas da humanidade. E esta foi realmente uma d'ellas, como abaixo veremos!

Em dous grandes cyclos póde naturalmente dividir-se a historia portugueza, cada um dos quaes abrange algumas epochas mais ou menos importantes; no primeiro a nação constitue-se, desenvolve-se, fortifica-se, estende o seu poder pelas terras de Africa, senhoreia ignotos mares, dicta leis ao Oriente, ganha vastos e productivos terrenos na America, abre caminho ao engrandecimento dos outros povos da Europa, e a final decae rapidamente até chegar á sepultura de 1580; no segundo resurge, reconquistando n'um dia a antiga independencia politica, e, procurando depois rehaver no decurso de seculos não o poderio de outras eras, mas os fóros de liberdade, e a robustez e firmeza, que são os meios mais poderosos com que as nações, assim como os individuos, podem luctar contra a adversidade e vencel-a.

Mas fallam tambem os nossos monumentos d'essas arrojadissimas emprezas de navegações e descobrimentos, com que os portuguezes abriram de par em par as portas á moderna civilisação, levando a luz do evangelho, atravez de mares ignotos, ás mais longinquas regiões do globo.

Ha n'esta sociedade portugueza agora, ao que parece condemnada a refocilhar em monturo de sanefas lantejouladas e rotas que lhe deixou o passado, e a dar ao mundo o triste espectaculo d'uma nacionalidade sem idêa que a represente na historia philosophica de amanhã, sem ideal que lhe seja pharol e bussola na tormentosa navegação das sociedades d'hoje; ha, digo, n'esta nossa sociedade amortecida: extraordinarias visões, mysteriosos anceios, esforços convulsivos como que filhos de ignotos impulsos, que bem poderiam passar por agonias e paroxismos annunciadores da proxima dissolução, se um diagnostico escrupuloso não encontrasse antes n'aquillo promessas de reacção proxima, de rejuvenescimento que não vem longe, de evolução fatal, que, em Portugal como em toda a parte, denuncia por aquellas aberrações e anormalidades a sua sublime prenhez d'uma nova idêa, d'uma era nova.

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