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E se, farto d'estes tempos antigos, V. quizer volver aos nossos philosophicos dias, encontrará nas duas grandes Religiões do occidente e do oriente, no Catholicismo e no Budhismo, uma comprovação ainda mais saliente e mais viva de que a Religião consiste intrinsecamente de praticas, sobre as quaes a Theologia e a Moral se sobrepozeram, sem as penetrarem, como um luxo intellectual, accessorio e transitorio flôres pregadas no altar pela imaginação ou pela virtude idealista.

Esse alguem fui euNenhuma revolução logrou, com effeito, como esta, apaixonar e commover os espiritos, pelo seu sentimentalismo idealista e humanitario. O socialista O sentimento de então transformou-se, porém, n'uma realidade positiva, moral e humana que hoje assoberba o mundo e ameaça abalar a sociedade pelos alicerces, tendo invadido até as espheras governamentaes.

Elle propunha-se evocar não uma figura de chronica mas um typo de lenda, e o seu alvo era fazer sentir ao leitor o encanto idealista e romanesco do sebastianismo, considerado como elemento de estimulo para a na nacionalidade e como incentivo e consolação nas esperanças e nas decepções da patria.

A minha bondade acceita, em de egualdade, o amor idealista de Santa Thereza de Jesus a mystica, os impulsos bestiaes de Caligula e as ordens alucinadas de Nero, determinando-se em sensualidades, ou incendiando Roma, para mergulhar a alma sublimemente perversa nas labaredas duma civilização a arder. O instincto é a primeira força.

Em certas horas de tristeza, em certas horas de crepusculo, as palavras d'uma, como murmuradas, empoeiram de sonho a alma; a outra préga, a outra fala entre desesperos e ruinas. Vós, meus amigos, conheceil-as a figura do Sceptico e a figura do Idealista. Representam os dois grandes typos da humanidade. Ás vezes confundem-se, misturam-se: cabeças de idealistas e corações de pedra.

Por fazer do positivismo uma questão de methodo e não determinar precisamente a origem do causalismo e todas as suas consequencias, Comte acceitou a irreductibilidade dos phenomenos e a relatividade dos conhecimentos, principio que occasionou esta recente recaida idealista.

N'este pendôr, não é de estranhar a pretensão, que começou a patentear-se no monarcha, a rehaver um mando, supremo e incondicional, nem será absurdo o suppôr que o pobre idealista coroado pensasse, sob a meia sombra d'uma consciencia silenciosa, em modificar por completo um reino arruinado.

Póde e assim mesmo é que é; o sr. é um idealista, que julga que os reis têem parentes, idéas e sentimentos; está enganado, os reis têem um throno e nada mais; percebe? Foi para agradar aos brazileiros, pois que duvida? O sr. é brazileiro? perguntei eu. «Não sr. sou portuguez, mas tenho estado muitas vezes no Pará e vim de ha seis mezes. Ora ouça... Fiquei curioso e attento.

Era sábia a arte com que ponderava os conflictos inevitaveis de Nunalvares com João das Regras: do cavalleiro idealista e heroico, e do habil, consummado politico: do representante ingenuo de douradas phantasias, com o frio calculador das cousas positivas; do ultimo homem da Edade-média, com o primeiro do novo Portugal monarchico.

Isto em quanto á concepção. Em quanto, porém, a certa ordem de sentimentos, que, no ponto de vista epico, são secundarios, mas que occupam um grande logar no poema, para os comprehender faz-nos o snr. Oliveira Martins considerar outro lado da physionomia tão complexa de Camões e da sua época. Com effeito, se Camões é um portuguez do seculo XVI, é ao mesmo tempo um artista da Renascença; d'aqui todo um lado dos Lusiadas, que excede a idéa nacional, e por onde este profundo poema se liga, não á vida necessariamente estreita d'um simples povo, mas ao vasto movimento do espirito humano nos tempos modernos. Sem este lado, a significação dos Lusiadas seria meramente nacional e local, não europêa e universal: teriam um valor historico e não philosophico tambem. Mas Camões, portuguez pelo caracter e pelo coração, era pela intelligencia mais do que portuguez sómente. Respirava a atmosphera subtil e vivificante da Renascença: no seu vasto espirito, como no dos grandes artistas d'esse tempo, havia um lado mysterioso e profundo que se virava, não para o passado ou para o presente, mas para o illimitado futuro, presentindo a revolução moral dos seculos XVIII e XIX. Se Camões, como portuguez é patriota e heroico, como homem da Renascença é pantheista; pantheista platonico e idealista, se , como Miguel Angelo, Leonardo de Vinci, Shakespeare. Portuguez, exalta os feitos por onde o seu povo conquista entre as nações um logar proeminente: homem da Renascença, sente e interpreta a natureza com um naturalismo impregnado de idealidade, que é mais ainda o presentimento d'um mundo moral novo, do que uma imitação da antiguidade pagã. O sentimento pantheista da natureza, sentimento todo moderno, e que devia mais tarde chegar á plenitude em Rousseau, Goethe, Hugo, appareceu pela primeira vez em Camões. D'aqui, o caracter do seu espanto em face dos grandes phenomenos maritimos; d'aqui, a concepção do Adamastor; d'aqui, o sensualismo da primeira parte do canto XI e o idealismo da ultima.

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