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Nada se sabe da ralé dos demonios, d'essa canalha de espiritos villãos que formam legiões de vampiros, de sapos, de escorpiões, de corvos, de hydras, de salamandras e outra bicharia sem nome que constituem a zoologia das regiões infernaes; mas são conhecidos de nome muitos principes que commandam aquellas legiões, entre outros Belphegor, o demonio da luxuria, Abbaddon ou Apollyon, o demonio da carnificina, Beelzebuth, o demonio dos desejos impuros, ou o principe das moscas geradoras da podridão, e Mammou, o demonio da avareza, e Moloch, e Belial, e Baalgad, e Astaroth, e outros mais, e sobre todos o chefe universal, o sombrio archanjo que no céo se chamava Lucifer, e no inferno se chama Satan.

Li a Chronica do Invictissimo Monarca o Serenissimo Senhor D. Affonso Henriques, de santa e eterna memoria, famoso conquistador, e primeiro Rei de Portugal, a qual quer dar á estampa Miguel Lopes Ferreira, dignissimo do titulo de Vivicador das glorias de Portugal, pois que zeloso da fama Regia, por meio do Prelo intenta resuscitar as memorias daquelle seculo dourado, em que Portugal no berço da sua infancia, com maior fortuna, que a do valeroso Alcides no da sua meninisse, soube despedaçar innumeraveis Hydras Africanas, que em varios recontros, capitaneados por dezoito Reis, e um Emperador de Marrocos Almiramolim, em formidolosos exercitos intentaram cortar os venturosas progressos, com que ia sacudindo o forte jugo do perfido Mauritano.

São huns em quanto pertendem, Depois são hydras crueis, Como a cobra, a pelle mudão, Minhas Filhas não caseis. Destes frangainhos novos, Ó Filhas, não vos fieis; Andão sempre dando ás azas, Minhas Filhas não caseis. Trazem-vos anneis das feiras De vintem, e de dez reis, Porque a mais chegar não podem, Minhas Filhas não caseis.

Vêde: por toda a parte as hydras do peccado Erguem altivo o collo, iradas contra nós, E o nosso bom cutello esconde-se embotado Na cova onde repousa o nosso extincto algoz! Por vós andam na sombra, errantes, perseguidos Como as feras no matto, os reis d'origem pura; Aos ministros de Deus preferem-se os bandidos... E assim chamaes aurora á noite escura... escura!

A familia tal como a entendem todos que sabem sentir e pensar, é o refugio onde se vae buscar paz e esquecimento; é o templo onde encontram direito de asylo os parias que andam fóra aos baldões da ira popular; é o lugar querido, inaccessivel onde os athletas do pensamento acham momentos de alegria descuidada, onde os mineiros cansados da sciencia, os que andam pelos antros obscuros arrancando segredos aos seios da natureza, procuram a clara e festiva luz dos affectos simples, onde os politicos esquecem a maldade e a mesquinhez humana, onde os diplomatas fallam verdade, onde os argentarios fecham os ouvidos ao tinir metallico do ouro, onde os que caminham levando no coração as terriveis hydras do odio e da inveja se assentam por instantes embevecidos na musica matinal de umas vozes infantis que chilrêam, de uma voz crystallina que adverte, aconselha e consola.