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E depois, meu amigo, que idéa se ha-de fazer da arte, se fôrmos apregoar que as sciencias exactas, que é onde a verdade mais luminosa se apresenta, são inimigas irreconciliaveis da poesia? Em que conceito se ha-de ter a litteratura, se se acreditar que ella odeia o rigor logico dos raciocinios, a actividade energica e regalada do espirito, os exercicios olympicos da intelligencia? Victor Hugo diz no prefacio de não sei qual dos seus livros que a algebra é uma poesia.

Eu tinha acabado de ler a Notre Dame de Paris, e achava em mim não sei que analogias sinistras com Claudio Frollo. A Notre Dame de Victor Hugo é a rosa emmurchecida, que rejuvenesce ao sol do mysticismo, é a Turris eburnea por quem o poeta se apaixona no sublime delirio da arte.

Não obstante as grandes modificações por que passou o altissimo espirito de Victor Hugo, eu considero o seu christianismo, embora philosophico, incomparavelmente mais puro do que o de Torquemada e S. Domingos de Gusmão, cujo procedimento fanatico estava em completo antagonismo com os principios sublimes, com as maximas sacrosantas proclamadas no Evangelho.

Victor Hugo, que tinha roubado grande chelpa á tal luveira. Sempre ha cada malandro! O senhor conhece-o? Quanto déste pela parelha? perguntou Victor, como se a pergunta fosse feita a um pavão, que berrava no arvorêdo dos Palhas. Cincoenta libras respondeu o mulato, muito mais delicado que o seu interlocutor. Não foi cara. Todo o trem do conde se vendeu ao desbarato.

Consiste a segunda proposição em affirmar o auctor que todas as regras acabaram com Hugo e Delavigne: nisto ha uma falsidade e um êrro de historia litteraria.

N'esse caso, vou procurar... sua excellencia... o snr. conde de Baldaque. Victor Hugo pausou em cada syllaba uma accentuação ironica, deixando vêr nos dentes caninos o azedume e a podridão. Procural-o... acudiu D. Maria, mais receiosa da tolice que da braveza Procural-o!... Sim..., minha senhora. Para quê?

Ora os criticas fingem não saber que a pimenta, o cravo e a canella explicam melhor que todo o restante poema o patriotismo de D. Vasco; e que, na mesma razão explicativa, está para Victor Hugo José Alves o bife do Mata, a dobrada do Penim, o pato da Praça da Alegria, e o linguado da Taverna ingleza.

Mas a roda da fortuna encravára-se um dia; parou de subito. A esposa de Hugo Owen morrêra deixando-lhe filhos pequeninos. No coração do viuvo fez-se um vácuo profundo, enorme.

O nome de Hugo; Hugo, o filho da pobre e linda Branca, Que o principe illudiu, e sem piedade Depois abandonou! Hugo, seu filho, Fructo innocente de um amor culpado! Azo arranca o punhal, mas pára olhando-a! Quem podera immolar um ser tão bello?! Oh! ninguem! Apesar do negro crime, Da nefanda traição, faltam-lhe as forças, Ao contemplal-a assim adormecida.

Falsidade porque não é preciso ter lido senão os prologos de Victor Hugo ao Cromwel, e ao Ruy-Blas para se ver que ainda o dramaturgo mais exaggeradamente liberal da eschola moderna estabelece regras, que a Commissão não avalia aqui, mas que incontestavelmente o são, boas ou más.