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Sendo impossivel constituir o quer que seja de homogeneo com elementos heterogeneos, todo o interesse social desapparece, e fica livre o campo á formação das tyrannias que a corrupção mantém. Isto é hoje um facto repetido centenas de vezes; não são simples presumpções. «Na sua obra célebre sobre as origens do governo representativo na Europa, Guizot adopta, como base do systema, a Razão.

Mas raras vezes com uma fusão se consegue obter ferro fundido bastante homogeneo; na segunda fusão é que elle se refina e purifica, abandonando os ultimos depositos terrosos.

Como todas as coisas que se desenvolvem, elle progride do homogeneo para o heterogeneo; e como um systema normal de educação é a contraposição objectiva d'essa marcha subjectiva, deve conter a mesma progressão.

Roma era um estado enorme, disciplinado, culto e homogéneo, a despeito da infinidade de povos diferentes que pela sua Lei se regiam.

Ao merecimento pessoal reune-se, nos primeiros monarchas portuguezes, a circumstancia de serem os interpretes d'este sentimento. Por isso a tendencia permanente e o principio claramente definido da politica portugueza, nos primeiros seculos, é unificar a Galliza, constituindo a noroeste da Peninsula um Estado tão homogeneo, como o Aragão ou a Navarra a nordeste.

Os tres factos especificados por Guizot constituem caracteres essenciaes e exclusivos da sociedade feudal, porque nenhum d'elles se realisa completamente n'outro molde social. O seu complexo repugna a qualquer organisação politica anterior ou posterior aos seculos verdadeiramente feudaes. Representam e resumem esses factos o largo periodo entre duas transformações, entre duas revoluções lentas, postoque não pacificas, da tempestuosa juventude de uma parte das modernas nações da Europa. Pode dizer-se o mesmo das tres condições caracteristicas que o sr. Cárdenas attribue ao feudalismo? Correspondem ellas a factos então actuaes? Creio que não. De certo o auctor do Ensayo teve presente o modo como o grande historiador da civilisação franceza caracterisava a sociedade feudal; mas preoccupado pela idéa de um feudalismo sui generis, o feudalismo hespanhol, modificou um typo que desde logo sentiu lhe seria difficil de conciliar com a indole da sociedade néo-gothica. Na constituição do feudo o sr. Cárdenas a separação do dominio util do dominio directo, simples relação civil do direito de propriedade, como o é na emphyteuse moderna, e por tanto ficando no feudatario o util e no suzerano o directo. Guizot o que realmente foi exclusivo do feudalismo, o dominio territorial completo no feudatario, dominio em que se incorpora o poder publico e que leva este comsigo na transmissão hereditaria. O que ligava o feudatario ao suzerano era o dever pessoal e politico de fidelidade e de prestação de serviços de natureza alheia ás obrigações e direitos privados entre dous co-proprietarios. Pode chamar-se a isto separação dos dominios directo e util? Os serviços militares e politicos de que fala o sr. Cárdenas constituiam relações de vida publica: o dominio directo e o util constituem apenas relações de vida civil. No senhor do feudo estavam incorporadas a propriedade e a soberania, mas nem por isso eram identicas; nem por isso eram porções de um direito unico e homogeneo. Tinham origens e naturezas diversas. Se na praxe se confundiam, não podem confundir-se na historia.

Dada, porém, a abundancia de original de que dispunhamos para este tomo, conseguimos organiza-lo de modo que os elementos que encerra quasi constituem um todo homogeneo de doutrina, representando em globo, sem embargo da falta de ampliações que haviam de enriquecê-lo; como que as generalidades de um curso de litteratura moderna, prevalecendo a lição sobre litteratura patria.

Não é, pois, um trabalho completo, inteiro e homogéneo o que se nos oferece para apreciar: são pequenas jóias literárias, buriladas por mão de artista e de um fino sabor de naturalismo. Considerado assim, sem dependência de escola e confrontação de originais, o livro é bom.

Se não existira uma atmosphera, pura e buliçosa, onde podessemos ainda respirar, ia proclamar bem alto, que a litteratura de Antheros, de Vieira de Castro, de Theophylo Braga, de todos os Bragas, de todos os escriptores nobilitados pelo cunho da sua independencia, de Coimbra, do Porto, de Lisboa, não é o producto liquido e homogeneo de nenhuma eschola, porque tal não existe em parte alguma, e menos em Coimbra; que o primeiro estylista do paiz a classificara assim para practicar uma dupla baixeza, impropria de um talento raro e serio, de um homem honesto, desambicioso, desinteressado; diria comtigo, Anthero «Combatem-se os herejes da eschola de Coimbra por causa do negro crime de sua dignidade, e do atrevimento de sua reputação moral, do attentado de sua probidade litteraria, da impudencia e miseria de serem independentes e pensarem por suas cabeças.

Se por nacionalidade se entende, porém, um corpo de população ethnogenicamente homogeneo, localisado n'uma região naturalmente delimitada, insistimos em dizer que tal cousa se não comnosco.

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