United States or Suriname ? Vote for the TOP Country of the Week !


Como me soube bem aquella prosa simples, ampla, forte permittam-me a expressão; aquelle contar ingenuo, vivo, e ao mesmo tempo tão magestoso pela sincera e nobre lealdade do chronista que não era um adulador Real, nem um fingidor litterario! Chronista! Historiador é que póde francamente chamar-se-lhe.

E, como consequencia de seus methodos abafadores de toda originalidade, accrescenta o grande historiador: «todos tiveram merito, instrucção; alguns foram heroes, de admiravel persistencia e coragem, mas, em meio de tanto valor, nenhum talento superior». Educadores admiraveis da vontade, ensinaram-lhe somente a obedecer.

Servese este Author tambem do [~q] escreveo Adriaõ Junio, Medico, e Historiador de Hollanda, [~q] no seu Livro, [~q] intitulou de Batavia, diz [~q] assistindo Lourenço Coster em huma Casa de Campo, e passeando por hum Bosque, lhe lembrara fazer huns characteres de pao de Faia com os quaes imprimira alguns Versos em papelaõ; e assim este Author, como o primeiro em que fallei, seguraõ existirem varios Livros, [~q] nomeaõ para mostrarem [~q] Lourenço Coster seu Nacional fora quem inventara a Arte de imprimir taõ anticipadamente, como ambos affirmaõ; e para corroborarem mais a sua opiniaõ, dizem [~q] o mesmo Lourenço Coster vendo, que lhe succedera bem na primeira prova dos characteres de pao, os fizera de chumbo, ou de estanho, e para o ajudar chamara a Joaõ Fauste, ou Fust. Porèm Malinchrot na sua Arte Typographica he de parecer, [~q] as primeiras folhas de alg[~u] dos Livros, [~q] os Hollandezes allegaõ para mostrar que os imprimira Lourenço Coster, se lhe ajuntaraõ depois, e por este, e outros principios mais solidos segue, que a invençaõ da Arte de imprimir pertence aos naturaes de Moguncia, e naõ aos de Harlem, como entendem todos os que fazem o melhor, e mais certo juizo sobre esta materia, julgando [~q] este invento se deve a Joaõ Guttemberg natural de Strasbourg, a quem ajudara muito Joaõ Fauste, ou Fust no anno 1440. ou [~q] pelo contrario, o inventor fora Joaõ Fust; e [~q] Joaõ Guttemberg, e Pedro Schofer seu genro, [~q] depois foy do mesmo Fust, contribuira sómente com a despeza necessaria para se pôr em pratica este projecto; e a isso se accrescenta, que dos primeiros Livros, que se imprimiraõ, foy hum intitulado: Speculum Salutis, que os de Harlem pertendem [~q] de antes estivesse impresso em vulgar por Lourenço Coster; porèm o [~q] Berthio diz no 3^{ro} Livro da descripçaõ de Alemanha, fallando de Moguncia, póde tirar toda a duvida, [~q] se mover nesta questaõ, ficando satisfeitos os sequazes de huma, e outra opiniaõ; por[~q] diz elle, [~q] neste Livro Speculum Salutis, como em outros muitos das primeiras ediçoens da Officina de Lourenço Coster, observara, que cada pagina fora impressa sobre numa forma, ou taboa, em [~q] se esculpiraõ as letras como abertas ao buril, e naõ com characteres separados; do que se póde julgar, que Lourenço Coster achou em Harlem a invençaõ de imprimir com esta forma, ou taboa, do modo de que dizem usaõ os Chinas; e [~q] Guttemberg, Fauste, e Schofer foraõ os [~q] inventaraõ em Moguncia os characteres moveis, e separados huns dos outros, para se poderem compor as syllabas, as palavras, e as paginas, como presentemente se pratica; mas a mais cõmua opiniaõ he a [~q] seguem Tritemio na sua Chronica, Polidoro Virgilio, Bruschio no Catalogo dos Bispos de Moguncia, Salmuth sobre Pancirolo Sabellico nas suas Eneadas, e Wemphelingo, que escreveo em 1511. os quaes affirmaõ, [~q] Joaõ Guttemberg natural de Strasbourg fora o primeiro, que nesta Cidade inventara a Arte de imprimir; e que passando a Moguncia, ahi a concluira felizmente. Esta he a opiniaõ, que commummente se segue como mais verdadeira, com que concorda Ferrario na descripçaõ da Cidade de Moguncia, com outros que Naude cita na addiçaõ

Os romances mesmo e as memorias, que tão cultivadas teem sido nos ultimos cincoenta annos d'este seculo, são apenas variedades da historia e da critica. O pensamento do romancista é identico ao do critico e do historiador. Tem de documentar e historiar um meio, uma epoca, onde se agitam personagens contemporaneos ou remotos.

Elle cristallisára no seu aborrecimento pelo mundo politico, pelo scenario avariado do parlamento, onde se reconhecêra inferior aos outros, talvez mesmo a si proprio. El-rei D. Pedro V, amigo particular do grande historiador, quiz fazer-lhe mais uma distincção nobiliaria do que dar-lhe um premio politico: nomeou-o par do reino.

O velho caiado de d'arroz metteu o n'um balde de gelo, com um berro ferino. E o Historiador dos Duques d'Anjou movia por cima de todos o seu nariz bicudo e triste. De repente, Todelle teve uma idéa!

A grande imparcialidade com que Herculano apreciava não os papas mas tambem aquelles homens a quem a igreja canonizou, mostra-nos evidentemente que o espirito catholico não suffocou nelle a paixão mais nobre do verdadeiro historiador, o amor da verdade.

Ferdinand Denis encontrára na bibliotheca real de Paris, relativo á historia dos motins sequentes á perda de D. Sebastião, e publicára no Portugal pittoresco. O nosso historiador não trasladou o documento, com quanto fosse importante. E ajuizadamente procedeu; porque, sendo elle versão do portuguez, difficil senão impossivel seria revertel-o á fórma original.

Agora Fleury, o pio mas illustrado historiador da igreja catholica.

Todas as demais questões debatidas nos quatro volumes da Historia de Portugal passaram inteiramente despercebidas do jornalismo portuguez, o qual não teve ainda, até hoje, occasião de publicar um artigo scientificamente fundamentado ácerca do papel do nosso primeiro historiador na direcção dos estudos historicos e na comprehensão das leis fundamentaes da nossa evolução social.

Palavra Do Dia

antecipa

Outros Procurando