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Quando pois me chegar a vez de ser homem, hei-de viver: quero viver da minha propria vida: quero que fale dentro em mim o universo que eu já fui a pedra que eu já fui a arvore que eu já fui o bicho humilde que eu já fui... A tua opinião?... De que me serve? E é ella tua, sentel-a bem tua, ou é aprendida, falsa, vinda de outros homens que me querem esmagar?... Qual deve ser o meu fim?
Ha-de ser entregue ao marido como um corpo sem alma, um cadaver... O coração é meu, morre commigo... Vou bem pago de tudo que soffri e hei-de soffrer... que, já agora, pouco será; mas o que tenho curtido calado, e docil á desgraça, foi muito, minha querida mãi, só Deus sabe o que foi. A minha Leocadia morre... e então verá se ella não era digna d'este amor que me mata.
Mamã te chamo porque me trazes ao peito, Filha te chamo pelo mimo que te dou, Irmã te chamo porque te tenho respeito, Noivinha te chamo porque teu noivo sou! Na sexta-feira ás dez horas olha p'ra lua, Que eu, tão longe, ai tão longe! hei-de olhal-a tambem: Assim minha alma encontrar-se-á lá com a tua! E quem se encontra, filha!, é porque se quer bem!
Ó banheiro!... Vamos lá, que nos foge o mar... Eduardo. Visto que eu sou o cynico, e os virtuosos são estes, passo a ser um pouco mais virtuoso que elles, para que elles sejam cynicos como eu... Alguma vez hei-de atinar com a virtude... A verdadeira acho que é a d'elles... O genero não é caro... Veremos...
Ai! de mim... Bem que eu não queria cantar a cantiga tristonha! Foi o canto triste que o fez fugir dos meus braços. Ai de mim! Adormeci-o para sempre. E agora? quem terá piedade da minha solidão? Era elle só... Nasceu em noite de luar, finou-se em manhan de nevoa. E hei-de o deixar na terra justamente agora quando o inverno chega!
O amor e o remorso são espinhos, que não desencrava do coração quem quer. Para que te hei-de eu mentir, se me não posso enganar a mim? Não a esqueço, nem se quer a despreso áquella mulher. Minha mãi ajoelhou commigo sobre a sepultura de meu pai, e pediu-me, pela memoria d'elle, que me vencesse e levantasse da minha miseria. Quiz, e não pude, meu amigo!
Esse amor que venturas faz gosar? Ha outro, mais celeste, mais eterno, Que, se o busco com fé, não quer fugir-me, Nem dá, em vez de goso, negro inferno. Só esse hei-de buscar, e confundir-me Na essencia do amor, puro, sempiterno... Quero só n'esse fogo consumir-me! Ignoto Deo. Vai-te, na aza negra da desgraça, Pensamento d'Amor, sombra d'uma hora, Que estreitei tantos seclos, vai-te embora!
Convenci-a a que me seguisse por vaidade, para ser como os outros, ao encontral-a uma tarde, sem pão, expulsa de casa, vagueando na tristeza das ruas. Teria quinze annos? Teria. Disse-me a medo que sim. E eu, levando-a para a casa de passe, sentia, não orgulho nem prazer, mas oppressão e vergonha. Perguntava-me já: como me hei-de ver livre d'ella?
«Tenho dentro em pouco de ser padrinho da união d'aquellas almas angelicas perante o altar do Eterno... Partilho, por amizade, da ventura dos nossos amigos; mas que dôres não hei-de ter ao lembrar-me que igual ceremonia póde qualquer dia unir eternamente a snr.^a D. Maria da Gloria a... «Cahe a penna da mão ao fiel servo de v. exc.^a Arthur.»
O os meus loucos sonhos que d'ahi eu trouxe! Fallava eu ás flôres, como se ella fosse: «Maria» eu lhes chamava, cego de paixão. Hei-de gravar-te em bronze e tornar-te immortal! Eu hei-de lançar o teu nome aos quatro ventos! Eu, o humilde Snr. Manoel dos Soffrimentos, Eu, por graça de Deus, poeta de Portugal. Quem é, Thereza, que bate á porta Quem vem a esta hora quebrar meu somno?
Palavra Do Dia
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