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Gulnar, saindo da direita, encaminha-se vagarosamente para as escravas e para os infantes. A Lobna e Haleva. Fugir?!...

Golfa o sangue Da profunda ferida, Por onde foge a vida Do inerte corpo exangue. Com gesto ameaçador, e erguendo-se. Oh, basta! Inulto, Senhor de Ceuta, em cemiterio estranho Não dormirás! Meu pae, Gulnar t'o jura! Lobna e Haleva onde estão? Entrando apressadamente assustadas. Eis-nos, princesa!

Foi por salvar-te Pérola rica do Moghreb. Inutil O sangue se verteu! Oh, sem vingança Não ficaremos nós: nós ambas orphans, Eu desterrada e tu escrava. O nobre Teu senhor e meu pae, talvez, da aurora Não veja mais a luz. Mas trema o fero Amir de Portugal! Gulnar, a filha Do vencido wali, ha-de vinga-lo. Lobna e Haleva esta noite... Hesitando. E quem vos disse Que elles hão-de voltar?..

Haleva, minha Haleva, De susto eu titubeio: Tu imagina o meio De as victimas salvar. Miseras! nos resta, Em festa sanguinosa, Sob a traidora rosa O aspide esconder. Que importa a pobre escrava De susto e de amor trema? Embora chore e gema, Cumpre-lhe obedecer. Sólta o suave canto Captivo rouxinol, Quando o nascente sol Derrama seu fulgor;

Porque o furor De mulher cruel servir? Porque a vida nos pedieis, No olhar terno amor pedindo, Quando os golpes retinindo Era livre inda o fugir? Porque em noite deliciosa De deli­rios seductores, Generosos vencedores pensaveis em trahir?! Uma idéa tenebrosa De Gulnar surgiu na mente Nessa noite, em que estridente Veiu a espada aqui luzir: HALEVA.

Lobna e Haleva saíndo pela direita, e parando de quando em quando, lançam os olhos inquietos ora para a gelosia, ora para o portico da esquerda. No seu rapido gyro foge a noite Ligeira e socegada: Fulgor da madrugada Em poucas horas subirá d'oriente. Não poderam voltar!... Respiro... Aproximando-se da gelosia. Escuta! Ouviste um silvo agudo?

Os dictos: D. Duarte: córos de cavalleiros portugueses e mouros: côro de donzellas arabes. Os mouros fugindo param no fundo da scena, e os cavalleiros portugueses prolongam-se pela esquerda. Gulnar, recuando, fica rodeada dos eunuchos e das donzellas. Lobna e Haleva refugiam-se juncto dos infantes. C

O infante D. Duarte. O Infante D. Pedro. O Infante D. Henrique. Gulnar, filha do wali de Ceuta. Lobna, escrava. Haleva, escrava. Um pagem. Um sobrerolda. Côro de cavalleiros portugueses. Côro de cavalleiros mouros. Côro de escravas, e de eunuchos negros. Sala d'armas do alcacer de Ceuta. Córos de cavalleiros portugueses.

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