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Figurava em documento de 1578, como cavalleiro fidalgo da casa de El-rei, Nosso Senhor; na certidão da ciza, junta a este documento, lia-se: «Antonio Mendes, mestre das obras de El-rei Nosso Senhor». D. Francisco de S. Luiz crê que era um simples titulo honorifico, dando apenas direito ao vencimento de mestre de obras. Guilhelme Bellés ou Bellen.

Porque ha maginaçam, e sospeita que o Ifante tinha do beem, que ElRei queria ha Affonso Sanches seu filho, ho trazia em muita door, e cuidado, para desto seer livre, elle cõtra ho que ha seu Real sangue, e Estado devia, fantaziou em sua memoria hum engano com que falsamente, e com algum achaque ho matasse, ou ElRei ho desterrasse do Regno, e esto fez, que ho Ifante falou secretamente com hum Pedro Guilhelme, e com outro Pero Gonçalves, que viviaõ com elle e em que se muito fiava, ahos quaaes mandou que fossem fóra da teerra, e de trouxessem escrituras com sinaaes, e mostranças de seerem pubricas, e mui autenticas, e verdadeiras, porque craramente se mostrasse, que elles de mandado do Ifante foram buscar, e acharaõ homens ha que ho dicto Affonso Sanches peitara porque trouxessem, e dessem peçonha aho Ifante D. Affonso, de que logo morresse.

Á entrada da egreja da Batalha, descendo os degraus da porta principal pode lêr-se ainda o seguinte epitaphio: «Aqui jaz Matheus Fernandes, mestre que foi d'estas obras, e sua mulher Izabel Guilhelme e levou-o Nosso Senhor aos 10 dias de abril de 1515, ella levou-a...» A ultima data não foi gravada.

Sua mulher Isabel Guilhelme é provavelmente irmã ou filha de Guilhelme Belles, ou Belen, mestre vidraceiro que vivia de 1448 a 1473, ou do precedente mestre Guilhelme, architecto. Succedeu ao pae em 1516. Em documento de 1525, apparecia o nome d'este mestre, dando-o vivo; logo não podia ser o precedente, devendo ser naturalmente seu filho.

Este Rei Dom Affonso sendo casado com Dona Matildes Condessa de Bolonha em França, elle a leixou no dito Condado, e se veo a Portugal, como na Coronica del-Rei Dom Sancho seu irmão é declarado, e depois de sua vinda a poucos annos casou outra vez com a Rainha Dona Breatiz, filha bastarda del-Rei de Castella, a qual elle houve em Dona Mayor Guilhelme de Gosmão, sua manceba, a que foi muito afeiçoado, e a que fez mui firmes, e grandes doações de muitas Villas, Castellos, e rendas de Lugares no Reino de Castella, para depois de sua morte ficarem á dita Rainha D. Breatiz sua filha, e a seus filhos herdeiros para sempre, porque, segundo parece pelas palavras do testamento que o dito Rei Dom Affonso fez, elle antre todolos filhos, e filhas que teve, a esta Rainha Dona Breatiz, sua filha mostrou elle querer mór bem, e a que mais se devia por serviço e beneficios, e soccorros que della em suas tribulações mais que doutro algum tinha recebidos, e a que mais desejou galardoar, e dar muito do seu se pudera, o qual casamento del-Rei, e da Rainha Dona Breatiz, quando se concertou, e se fez foi assás maravilha dos homens que o sabiam, assi pela grandeza do dote delle, não sendo a Rainha filha legitima, como principalmente por casar em tempo, que a Condessa, sua primeira molher ainda era viva, e sobre este passo se acha por lembrança que um privado del-Rei Dom Affonso havendo este casamento por estranho, e muito contrairo a sua conciencia lhe disse que não fizera bem em casar com a rainha Dona Breatiz, pois sabia que era cazado com a Condessa de Bolonha, com quem se muito contentára, e honrára de cazar, e que El-Rei lhe respondera, que se não espantasse do que tinha feito; porque ao outro dia ainda cazaria com outra molher, se com ella lhe dessem outra tanta terra, porque mais acrescentasse em Portugal.