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O candeeiro, entornando sobre a alvura do linho um circulo de luz aconchegador, fazia faiscar as laminas das facas, estriava com fogo os cabos muito limpos das colheres. O pão, ha pouco vindo do forno, ainda fumegava embrulhado na flanella, e seis guardanapos engommados ostentavam formas caprichosas, em cima dos pratos: pombinhas, leques, romãs abertas. dentro, na cosinha, riam as crianças.

Acedendo curioso ao afável convite, o Silveira seguiu o solícito introdutor ao longo dum corredor tristonho e esguio, com anteparo de zinco sôbre o saguão, e ao cabo entrou no comedor, uma crepuscular peça oblonga, tomada quáse totalmente pela mesa, em tôrno da qual, havendo cessado de comer, os seus seis convivas, guardanapos depostos e arredadas as cadeiras, em amena chalra, num baralhamento pelintra, familiarmente se esqueciam.

O abbade, então, ajoelhou, balbuciou a oração de S. Fulgencio: Senhor, dá-lhe primeiro a paciencia, dá-lhe depois a misericordia... E alli ficou, com a face nas mãos, apoiado á beira da mesa. A um rumor de passos na sala ergueu a cabeça. Era a Dionysia, que suspirava, recolhendo todos os guardanapos que encontrava nas gavetas do aparador. Então, senhora, então? perguntou-lhe o abbade.

estamos em Lisboa na calçada do Sacramento, em casa do artista Francisco Lourenço. Estão os dois velhos á meza, onde o almoço lhes arrefece. Nenhum põe mão na comida. Encaram-se, e choram. Gracinda e Genoveva sahiram hontem para casa de seus maridos. Alli estão as cadeiras d'ellas, e sobre a meza as chavenas do almoço, e os guardanapos que lhes serviram dois dias antes.

Na mesa, onde brilhavam ainda nos cristais restos de vinhos e licores que pareciam pedras preciosas líquidas, desfolhavam-se as flores. O dourado fulgor da luz batia em cheio nos linhos, fazia reluzir o vidrado das porcelanas. Os criados entravam o saíam, cambaleantes de sono, coçando a cabeça, com os guardanapos sôbre o ombro. O ambiente aquecido pesava e sufocava.

Ao passo que esperavam, esfregando os garfos e as facas nos guardanapos, diante dos copos vazios e das porcelanas que reluziam sôbre a toalha da mesa, continuaram a conversa. Ora, tu pelo Pôrto, Duarte!... Que bela surprêsa!

Dormia por consequencia Ardan, mas mal, dava voltas e voltas entre os dois guardanapos que lhe serviam de lençoes, sonhando que installava dentro do seu projectil uma camasinha mais comfortable, quando um estrepito violento veio arranca-lo da região dos sonhos. Empurravam-lhe a porta com pancadas desordenadas, que pareciam dadas com instrumento de ferro.

Levava as colheres, os guardanapos, tudo o que podia apanhar. O Simão tinha muito d'elle, por entender que não fazia com aquillo senão obedecer á sua sina; deu ordem para não se lhe dizer nada, e de uma vez quando o homem pediu a conta teve o gosto de ler: «Pratos 800 réisQue é isto! exclamou. Então vocês mettem os pratos na conta? Cuidei que o senhor os levava! disse-lhe o criado.

Agora viam-se, falavam-se, estavam ali juntos um do outro, no vão da janela, um degrau acima do sobrado, como n'um nicho, sentados nos poiaes de pedra, os joelhos tocando-se, as mãos dadas, tão perto os labios, que os impedia de passarem a tarde n'um longo beijo o olhar vigilante da tia Victorina, a mãe de Josepha da Esperança, enterrada na poltrona, roca á cinta, fiando massarocas para a Francisca da Bica, grande tecedeira, que as lançava no tear em guardanapos, lençoes e colchas, a trinta reis a vara.

Pude seguir no dia marcado, parando, meia hora depois de ter sahido, na povoação de Cuionja, de Tiberio José Coimbra, onde me esperava um òptimo almôço, com òptimo chá. Até havia guardanapos! Depois de duas horas que ali me demorei, segui avante, chegando á povoação de Caquenha, com 4 horas de caminho. Ali parei para ver o velho Domingos Chacahanga, dono da povoação.

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