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Por mais de um anno se prolongaram ainda as guerras pelas provincias afastadas; mas Lisboa, Coimbra e todo o centro do paiz era, em 1385, pelo Mestre. Os ultimos actos da revolução iam consummar-se: as côrtes de Coimbra e a batalha de Aljubarrota. Em Coimbra o grão-doctor é o general e o chefe.

O de Aviz teve a fortuna de encontrar dois homens que o fizeram rei, e tornaram o seu titulo ridiculo de Mexias, no titulo verdadeiro e forte de Defensor-do-reino, positivo messias da nação . Termina o reinado de Alvaro Paes, desde que o futuro condestavel e o grão-doctor tomam conta, um da guerra, outro da politica.

O cavalleiro tinha então 24 annos; e esse rapaz, typo ingenuo e puro de virtude, é a imagem de uma nação, tambem joven, e ainda crente n'um futuro proximo. Á indignação da candidez forte junta-se a sabedoria fria e o calculo experiente de Alvaro Paes, padrasto do futuro grão-doctor. Tudo se conspirava para matar o Andeiro, para perder a rainha.

Um momento houve em que Nunalvares esteve a ponto de brigar com o roncador Martim Vasques, o chefe dos leaes; e as côrtes por um triz se tornavam n'uma batalha. Interveiu o Mestre de Aviz, apasiguando o exaltado capitão, melhor no campo do que no conselho. Ahi reinava o grão-doctor.

Era um plano atrevido, mas mais de uma vez posto em pratica por diversas cidades opulentas da Hespanha. Não contava, porém, Alvaro Paes, nem com a arte que os annos desenvolveram no Mestre; nem com o generoso e nobre caracter de Nunalvares; nem com a força invencivel dos futuros textos e doutrinas do grão-doctor João das Regras.

A candida nobreza de Nunalvares, a sabedoria do grão-doctor João das Regras, a explosão da força nacional, tinham feito de D. João I quasi um heroe: os seus illustres filhos fazem d'elle o mais feliz dos paes. Ditoso homem mediocre a quem tudo favorece, deu-lhe a sorte uma esposa virtuosa e nobre na princeza, cuja lição e cujo exemplo põem a semente das suas grandes acções no coração dos infantes D. Pedro, acaso o typo mais digno de toda a historia nacional; D. Fernando, cujos meritos desapparecem perante o do martyrio que o santificou; D. Duarte, o rei sabio e feliz: D. Henrique, finalmente, em cujo cerebro ferviam os destinos futuros de Portugal.