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Sem ventura he por demais. Glosa. Todo o trabalhado bem Promette gostoso fruito; Mas os trabalhos, que vem, Para quem dita não tem Valem pouco, e custão muito. Rompe toda a pedra dura, Faz os homens immortais O trabalho quando atura; Mas querer achar ventura, Sem ventura, he por demais. Minh'alma, lembrae-vos della. Glosa.

Ja não posso ser contente, Tenho a esperança perdida; Ando perdido entre a gente, Nem morro, nem tenho vida. Glosa. Despois que meu cruel Fado Destruio huma esperança, Em que me vi levantado, No mal fiquei sem mudança, E do bem desesperado. O coração, que isto sente, Á sua dor não resiste, Porque mui claramente Que pois nasci para triste, Ja não posso ser contente.

Trabalhos descansarião Se para vós trabalhasse; Tempos tristes passarião, Se algum'hora vos lembrasse. Glosa. Nunca o prazer se conhece, Senão despois da tormenta: Tão pouco o bem permanece, Que se o descanso florece, Logo o trabalho arrebenta. Sempre os bens se lograrião, Mas os males tudo atalhão; Porém ja que assi porfião, Onde descansos trabalhão, Trabalhos descansarião.

Este romance é uma imitação dos dous celebres romances conservados no Cancioneiro General de 1557: Fonte frida, fonte frida, e Rosa fresca, rosa fresca, muitas e muitas vezes glosados pelos poetos palacianos. O romance do Tyempo bueno, é algum troço conservado por causa da glosa que lhe fez Garcia de Resende.

Pois o ver-vos tenho em mais Que mil vidas que me deis, Assi como a que me dais, Meu bem, ja que mo negais, Meus olhos, não mo negueis. E se a tal estado vim Guiado de minha estrella, Quando houverdes de mim, Minha vida, dae-lhe a fim, Minh'alma, lembrae-vos della. Tudo póde huma affeição. Glosa.

Citava a glosa com respeito, revestido d'amicto e alva, no meio da sacristia; e o tio Esguelhas impertigava-se sobre a sua muleta áquellas palavras que lhe davam uma auctoridade e uma importancia imprevista. O sacristão tinha-se aproximado com a casula rôxa. O santo concilio de Milão recommenda que se toquem os sinos sempre que haja tormenta...

Não disse mais, porque então Entendeo quanto me toca; E se tinha dito o não, Muitas vezes diz a boca, O que nega o coração. Toda a cousa defendida Em mais estima se tem: Por isso he cousa sabida, Que perder por vós a vida Ha de ser todo meu bem. Vejo-a n'alma pintada, Quando me pede o desejo O natural que não vejo. Glosa.

Por isso não confesseis Serdes meu, qu'he desatino, Com que o lugar perdereis: Se conservar-vos quereis, Blazonae que sois divino. Que se nesta occasião Conhecessem qu'ereis meu, Por meu vos derão de mão, . . . . . . . . . . Fôreis mofino, como eu. Foi-se gastando a esperança, Fui entendendo os enganos; Do mal ficárão-me os danos, E do bem a lembrança. Glosa.

A meu vêr, em quanto o marquez de Gouvêa mandava ajaezar os cavallos para a funesta fuga, um dos muitos idolatras da formosissima Maria motejava uma quadra e derivava d'ella a glosa tão presada n'aquelles tempos: Abre-te, penha constante, serás minha sepultura; e, se os meus ais te não movem, digo-te, penha, que és dura,

Luiz XIV que completou o absolutismo em França teve a sua glosa áquelle mote: teve-a D. José I, que completou o absolutismo em Portugal. Após isto veiu a renovação. A Providéncia, que transformara o mundo antigo pelas invasões do septemtrião, vai transformando as nações modernas pelas agitações intestinas. empregou o ferro e as trévas: as revoluções e a discussão.

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