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Poderei comer a outra mão, snr.ª Gertrudinhas? perguntei esperando em anciosa incerteza a resposta duvidosa. Se tem vontade, coma. Que sente lá por dentro? Fome, snr.ª Gertrudes, fome! Então coma; a natureza que lh'o pede, é por que não lhe faz mal. E não fez. Fumei um charuto que até áquelle momento me nauzeára. Pedi café e cana de Paraty. Estive quasi a pedir as calças para me levantar.
A Gertrudes, a velha e possante ama do abbade, entrou então com a vasta terrina do caldo de gallinha; e o Libaninho, saltitando em roda d'ella, começou os seus gracejos: Ai, Gertrudinhas! quem tu fazias feliz bem eu sei! A velha aldeã ria com o seu espesso riso bondoso, que lhe sacudia a massa do seio. Olhe que arranjo me apparece agora pela tarde!...
O tlim-tlim dos copos, o ruido das facas animavam a velha sala de tecto de carvalho defumado, d'uma alegria desusada. E Libaninho devorava, dizendo pilherias: Gertrudinhas, flôr do caniço, passa-me as vagens. Não me olhes assim, magana, que me fazes revolver os intestinos! O diabo é o homem! dizia a velha. Olha p'r'ó que lhe deu! Fallasse-me aqui ha trinta annos, seu perdido!
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