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'Os olhos azues de Georgina não dizem senão uma so phrase d'amor, sempre a mesma e sempre bella: Amo-te, sou tua! 'Nos olhos negros e inquietos de Soledade nunca li mais que éstas palavras: Ama-me, que es meu! 'Os olhos de Joanninha são um livro immenso, escripto em characteres moveis, cujas combinações infinitas excedem a minha comprehensão. 'Que querem dizer os teus olhos, Joanninha?

Ainda te não fallei, quasi, da última das tres bellas irmans que me incantavam, não t'a descrevi, não t'a nomeei pelo seu nome. Repugnava-me fazê-lo. Mas é preciso: custa-me, não ha remedio. Era Georgina...

Diniz sahiu de Santarem, não se sabe em que direcção que n'esse mesmo dia Georgina sahíra tambem pela estrada de Lisboa, levando em sua carruagem a avó e a neta, ambas meias mortas e ambas meias loucas que não houvera mais novas de Carlos e que a sua última carta, aquella que escrevêra de juncto d'Evora, Joanninha a levava apertada nas mãos convulsas quando partíra.

Pois, amigo e benevolo leitor, eu nem em principios nem em fins tenho eschola a que esteja sujeito, e heide contar o caso como elle foi. Escuta. Tornámos á historia de Joanninha. Preparativos de guerra. A morte. Carlos ferido e prisioneiro. O hospital. O infermeiro. Georgina. 'Escuta! disse eu ao leitor benevolo no fim do último capítulo.

'Tu ja me não amas, Georgina, tu! exclamou Carlos depois de uma longa e penosa lucta comsigo mesmo: 'Ja me não amas tu, Georgina? Ja não sou nada para ti n'este mundo?

A tua gente... a tua familia do valle tambem veio para Santarem... tua avó e tua prima, Carlos... 'Joanninha! Joanninha está aqui? 'Está; socega; ja t'o disse, logo a verás. 'Eu! Eu para quê? Eu não quero... 'Quero eu: hasde ve-la. Ja sabes que sei tudo. 'Tudo o quê, Georgina? 'Queres que t'o repitta? Repettirei. Que tu amas tua prima, que ella que te adora.

D'ambas as mãos a levava no ar; e o velho extendeu para elle a cabeça como na ancia de morrer... Georgina fechou involuntariamente os olhos, e um grande e medonho crime ia consummar-se...

A ingleza extendeu a mão á amavel criança, estremeceu involuntariamente, mas disse-lhe com firmeza: 'O ditto ditto, Joanninha! Eu ja o não amo; prometto. 'Eu amo-o cada vez mais, Georgina: elle é tam infeliz! 'Juras-me tu de o não deixar, de velar por elle sempre, de o defender de si mesmo que é o peior inimigo que tem? 'Se juro!

'Ahi está como a ve, morta de alma para tudo. Não ve, não ouve, não falla, e não conhece ninguem. Joanninha veio morrer aqui n'esta fatal casa do valle, eu estava ausente, expirou nos braços d'ella e de Georgina. Desde esse instante a avó cahiu n'aquelle estado.

'Vem o dia... o ceo é azul e formoso: mas a vista fatiga-se de olhar para elle. 'Oh! o ceo é azul como os teus olhos, Georgina... 'Mas a terra é verde: e a vista repousa-se n'ella, e não se cança na variedade infinita de seus matizes tam suaves. 'O mar é verde e fluctuante... Mas oh! esse é triste como a terra é alegre. 'A vida compõe-se de alegrias e tristezas...

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