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Foi ali que Silva Gayo escreveu e retocou algumas das paginas mais commoventes do seu Mario, de Frei Caetano Brandão e da Magdalena. Foi ali tambem que compozémos algumas das nossas poesias mais repassadas do pantheismo espiritualista que em todas mais ou menos se nota.

Não desconheço os louvores que lhe teceu o insuspeito José Liberato Freire de Carvalho nas suas Memorias. Li com mais prazer a biographia que lhe encarece as virtudes, escripta pelo snr. Innocencio Francisco da Silva. Commoveu-me a leitura do drama do doutor Silva Gayo, aquelle optimo coração que não pulsa cheio do amor de seus filhos.

Foi á sombra d'aquelles arvoredos adoraveis, e sob estas beneficas influencias de arte, que se crearam, n'uma incansavel e vibrante alegria, os dois filhos de Gayo e de D. Emilia Paredes, Manuel da Silva Gayo e Mario Gayo, os quaes mais tarde se haviam de distinguir como dois talentos comprovados, um na poesia, outro na musica!

Sob o contorno ideal que o espelho empresta á imagem, Projectados ao longe, os tormentos e as dores Surgem aos olhos meus na ilusão da miragem, Como ruinas de sonho em que brotaram flores... Ruinas que uma luz tão serena illumina Como se as envolvesse um luar de esquecimento; E é tão doce a illusão, que nessa hora divina, Ajoelho a balbuciar: Morte! espera um momento!... A Manoel da Silva Gayo

D'essas familias destacaremos a de Silva Gayo, o glorioso author do Mario, casado com D. Emilia Paredes, filha do Conselheiro Cunha Paredes, Juiz do Supremo Tribunal de Justiça, aquelle um vibrante e eloquente protesto contra os excessos de demagogia, ou clerical ou plebêa, de que o citado livro é um bellissimo documento; seu sogro um dos homens bons e ponderosos que partilharam e serviram o movimento liberal.

Voltemos aos dias felizes em que Silva Gayo ainda abrigava a esperança de debellar o mal que o vinha minando, apesar de pairar ás vezes como uma sombra sinistra no seu lucido espirito, a idéa d'um desenlace fatal!! Foi então que escrevemos este CANTO, á Arvore.

Mais tarde pelos melhoramentos e pequenas casas de habitação mandadas ali construir, o Bussaco attrahiu de Coimbra e seus arredores, de Lisboa e Porto, e até das Ilhas dos Açores, algumas familias distinctas, no numoro das quaes quaes sobrelevava a todas a de Silva Gayo.

Depois d'uma mocidade ruidosa, passada no convivio de livros dos mais celebres pensadores do seculo, e de talentos dos mais abalisados entre os lentes da Universidade, como Antonio de Carvalho, Silva Gayo, e Viegas; de rapazes cheios de ideaes e d'audacia, que mais tarde se haviam de tornar celebres nas letras, como Anthero do Quental, Theophilo Braga, Eça de Queiroz e Anselmo de Andrade, estes dois ultimos nossos condiscipulos; n'um periodo em que todos acreditavam na transformação completa do existente, para, abandonados de vez os velhos e caducos moldes do mundo medieval, entrar-se definitivamente na normalidade da vida que as sciencias dos ultimos seculos, e o direito de Revolução, nos garantiam: comprehende-se bem qual seria a nossa tristeza ao entestarmos com uma sociedade, mais que qualquer outra, decrepita, incredula, egoista e dissoluta!

Para elles escreveram os mais talentosos d'entre os academicos d'então, contando-se n'este numero Augusto Filippe Simões, Adolpho Ferreira Loureiro, Antonio da Silva Gayo, Eduardo José Coelho, Antonio Lopes dos Santos Valente, Augusto Luciano Simões de Carvalho, Bernardino Pinheiro, Francisco Beirão, Guimarães Fonseca, Joaquim Simões Ferreira, o divino João de Deus, e ainda outros.

O primeiro adorna a obra de D. Francisco Moreno Porcel, intitulada Retrato de Manuel de Faria y Sousa, relacion de su vida y catalogo de sus escriptos, impressa em Madrid em 1650. O descripto sob o numero 952 acha-se na segunda edição desta mesma obra e é gravado por Bernardo Fernandes Gayo, que floresceu um seculo depois de Noort.