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E, deixando esses monumentos, que são como que as estrellas de primeira grandeza de um firmamento de eterno brilho, onde estão os successores de Diniz, de Bocage, de Garção, de Alexandre Herculano, de Rebello da Silva, de José Estevão, de Garrett, de Castilho?

Vocemecê é que é o senhor João da Cruz? Para o servir. Venho aqui pagar-lhe uma divida. A mim? o senhor não me deve nada que eu saiba. Não sou eu que devo; é meu pae, e elle foi que me encarregou de lhe pagar. E quem é seu pae? Meu pae era um recoveiro de Garção, chamado Bento Machado.

Muito ae deve a Garção, Gomes e Quita; mas ninguem tanto como Dinis mostrou a superioridade do genio e do gosto que caracterizaram a segunda metade do seculo XVIII. Dando os seus principaes cuidados á poesia chamada pindarica, genero difficil pelo audaz das figuras, pelo gigantesco das imagens, elle soube escapar aos defeitos e frioleiras do seiscentissimo que bebera na eschola, em composições nas quaes era mui facil introduzir-se o mau gosto; e ainda que Quita e Garção tentaram o mesmo genero, em nosso intender, Dinis não foi emulado.

O plano de qualquer obra publica desta epocha dir-se-hia sempre traçado na mente de um negociante hollandês. O despotismo ignorante e presumido estragara a arte com a puerilidade; o despotismo illustrado estragou-a com a razão. Mafra é um poema da Fenix-Renascida: a Lisboa do marquez de Pombal um soneto de Diniz ou uma ode de Garção.

Os seus primeiros poemas são moldados pelos dos arcades, mas nesses poemas ha mais inspiração, porque Bocage nascera e não se fizera poeta, com se haviam feito aquelles, se exceptuarmos Garção.

Saltitavam piando, dizendo cousas uma á outra, o que quer que fosse, talvez isto que era bem bom não haver philosophia nos muros das chacaras. Se não quando, uma d'ellas voou, provavelmente a dama, e a outra, naturalmente o garção, não se deixou ficar atraz: esticou as azas e seguiu o mesmo caminho. Caetaninha desceu os olhos á gramma do chão.

A senhora Rufina foi de parecer que doido ele andava. Passavam-se dias que não aparecia em casa do tio José Garção, que o levara logo para ele, mal a Sr.^a Fortunata o deixara. Por onde andava? que fazia? Contava-se que uma noite dormira numa coutada, no mesmo telheiro que os porcos. Que doutra vez fora ter com o vigário para que lhe baptizasse o filho, dizendo que tinha nascido.

Bem sabia elle que Luiz de Camões morrera sem lençol em que amortalhar-se, e Antonio José da Silva n'uma fogueira, e Maximiano Torres nos presidios da Trafaria, e Garção na cadeia, e Quita na indigencia, e Bocage no desamparo.

O Choiseul um visinho da sobre-loja, portanto, chamáva-lhe: «um tacanho aventureiro que tinha sempre um jesuita a cavallo no nariz». O massador Garção e o semsaborão Antonio Diniz da Cruz e Silva chamávam-lhe «genio, muito alto e muito poderoso» e outras baboseiras. Os que viviam junto d'elle elogiávam-n'o uns por medo, outros por interesse.

Debalde com a paciencia e tenacidade de poeta, que são as maiores d'este mundo, não levantou elle mão de uma empresa que era impossivel levar a cabo, e em que tinha ficado vencido o incansavel Manuel de Figueiredo e Garção, o poeta da Arcadia. A nacionalidade não existia ainda, e nacionalidade e theatro não ha separá-los.

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