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Em vão busco na velha e hostil Cidade, Beata amante, de gangrenas cheia, As dispersas raizes da Verdade, Como uma flor n'um pateo de cadeia. Quando, alta noute, D. Juan passeia, Ella põe-lhe em leilão a mocidade, Tratada com a mystica anciedade Com que um sabio cultiva a flor da Idea. Mas, comtudo ninguem receia tanto O aspero Deus, e o lenho sacrosanto Da dorida tragedia do Calvario!

Os hospitaes de S. José e do Desterro dão as desyntherias e as gangrenas; os tanques do Passeio do Rocio dão as febres paludosas e intermittentes; o Limoeiro e a Casa de detenção das Monicas dão as viciações do sangue e as escrophulas; o Chiado e o deserto da Arabia dão as affecções granulosas da larynge e dos olhos. Cada um o que tem.

Não me ensina a cantar imprecações Contra as torpes gangrenas mundanaes, Inspira-me sómente estas canções Que vos fallam d'amor e nada mais. Apostolo do Bello e da Bondade, Ella anda a propagar por toda a parte, Ás almas auroreaes da mocidade, A nova religião chamada Arte. Consagra um culto fervoroso e santo Aos sentimentos bons, ás coisas mansas.

O outomno na floresta de Fontainebleau, quando as arvores se revestem de toda a riqueza infinita de colorido d'esse periodo divino, quando a pompa victoriosa das fortes verduras acres de seiva se degrada e decompõe em tons expirantes de um encanto mysterioso, em como que gangrenas vegetaes que desde o purpureo sangrento e o amarello alaranjado vão até ao côr de lilaz e ao côr de malva, o outomno alli deve ser um poema de voluptuosa melancolia, d'estes que sabem saborear os que se deleitam na tristeza como em um nectar sagrado, defezo ás profanidades do vulgo...

Póde acaso a Cobiça allucinar alguem por um pouco de Luxo, um pouco de poeira, que transforme uma alma ingenua, verdadeira, um virgem coração, qual pagem branco e louro que sonha no Ideal em finas torres d'ouro, a abandonar assim as illusões de gloria, sua auréola santa, o seu brazão na Historia, todo o seu Verbo em fogo, assombro da Cidade, todas as convicções da loura Mocidade, para atirar tudo isto aos pés da sombra apenas d'um symbolo real eivado de gangrenas, e depois sem Amor, sem nada que conforta, a sua velha Mãe lançar fóra da porta!

Caiu-lhe d'um jacto toda a sua historia e toda a sua alma; e pareceu-me que o crepusculo que fazia de perola o horizonte longiquo e trazia a calma á ligeira inquietação do Mar, se enchia de gangrenas, extravasava lodo, manchava o Ceu purissimo em que nem um farrapo de nuvem a esgarçar-se perturbava o estranho socego.

Ha uma saturnal juncto de cada cova, Um cadaver que chega é uma iguaria nova, Que os vermes decompõem em gangrenas protervas Para a sofreguidão muda, obscura das hervas.

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