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Que vos importa que nove decimos d'esse tributo absurdo, d'esse tributo iniquo porque feria uma classe, a classe mais digna de contemplação, d'esse tributo anti-economico que recahia, não sobre o producto liquido, mas sobre o producto bruto, fossem devorados por uma fidalguia safada e corrompida, que sabia arrastar-se e comer; e por bispos opulentos que com os dizimos fundavam fartos patrimonios para todos os seus parentes, por conegos devassos, por essa comedia ao divino, publica-fórma em miniatura da egreja romana, chamada a patriarchal; por conventos de frades gordos e ignorantes; por beneficíados supplices e in quocumque statu, por todos aquelles, e por tudo aquillo, emfim, que mais abusivo era, que mais fóra estava do espirito do christianismo?

Os innocentes conspiradores fundavam todo o edificio de suas esperanças na prisão de Junot, e essa prisão era justamente o que lhes esquecêra assegurar.

O Christianismo apresentava-se como uma revolução nos espiritos, a transformação radical da religião pagã em que se fundavam as sociedades classicas. A consciencia da egualdade e da liberdade humanas atacava a intima essencia do paganismo, substituia-lhe a moral, modificava-lhe a politica e feria de morte os principios da sua organisação economica.

Esses fundavam templos, como o nosso, n'um árido deserto; e hoje.... se estala no campanario um sino, em ocio eterno fica mudo a pender dos braços podres. Bem, bem.

Eduardo Pimenta descreveu a batalha da Roliça, azando ao conego breves, mas energicos protestos contra Bonaparte, e a vigesima edição de suas crenças politicas, que fundavam todas na paz e concordia entre os principes christãos e extirpação das herezias votos sinceros, senão eloquentes, que influiam no cerebro do capellão filtros soporiferos. Em amor ninguem fallou.

Os emboras fundavam na certeza de se unirem duas familias, que continuavam uma varonia ininterrupta de cinco seculos. Diriam mais que não havia medo que algum intruso viesse enxertar-se no tronco illustre dos Malafayas e Azinheiros.

Mas como se organisa a republica? Aqui, á claridade de um sentimento divino, succede-se o nevoeiro dos systemas humanos. E o systema, o espirito systematico matou a republica. Rousseau, e atraz d'elle Robespierre, o bastardo de Rousseau, como disse Michelet, os Jacobinos, Danton e a Convenção, na energia do seu plebeismo, conceberam a republica como uma dictadura permanente, executada em nome da multidão pelos chefes da sua escolha. Foi assim que, julgando consolidar a egualdade, fundavam apenas o peior dos despotismos, o despotismo da plebe. A razão scientifica é facil de colher-se. Pela delegação aglomeravam todos os poderes, todas as forças collectivas no centro poderoso da republica una e indivisivel. Esse centro, e elle, legislava, administrava, julgava, absorvendo no seu immenso pulmão o ar e a vida que devera animar o corpo inteiro da sociedade. Mas não se julga, legisla, administra sem força; e força tanto maior quanto mais concentrado está o poder, quanto mais tem que governar, que impor, por conseguinte, a vontade omnipotente com que o armou a nação. Mas impor a quem? á mesma nação! Contradicção estranha! a delegação tornou-se tyrannia: o suffragio universal converteu-se n'uma arma de dois gumes com que o povo, brandindo-a, se fere, e tanto mais se fere quanto mais valente é o braço com que a brande. O divorcio entre o governo e a nação succede-se rapido. Elle, armado com o seu direito, a delegação, quer ser obedecido e faz-se em todo o caso temido: ella, armada com a sua liberdade, accusa o governo de traição e tyrannia, revolta-se e a republica cae estrebuchando n'um lago de sangue. Qual dos dois tem rasão? nenhum d'elles ou ambos. Mas quem, com certeza, não tem rasão é o systema, o rude e estreito systema da unidade e da concentração. Tem razão Robespierre e têem-na tambem os thermidorianos que o guilhotinam: quem não a tem, em todo o caso, é Rousseau dando no Contracto social as formulas da Republica una e indivisivel. Ah! grande mas desvairado philosopho! a tua liberdade é a selvageria e a tua igualdade o despotismo!

Nas mesmas pag. 74, 75, e 76 o seguinte: «Mpepe (Pepe?) favorecia estes commerciantes de escravos, e elles, segundo o seu costume, fundavam as esperanças de se tornarem preponderantes no bom resultado da rebellião meditada. Conheceram que o apparecer eu em scena havia de pezar na balança contra os seus interesses. Um grande golpe de Mambari tinham vindo a Liniante (Rinhande), quando eu andava herborisando nos prados ao sul do Chobe (Rio Quando?). Chegando-lhes a noticia de eu estar alli proximo, mudaram de rosto; e quando alguns Makololo, que nos tinham ajudado a atravessar o rio voltaram com os chapéos que eu lhes dera, os Mambari fugiram precipitadamente.

Alli os Infantes se apartáram sós, onde o Infante D. Pedro com largo recontamento propoz a tenção em que era de leixar a parte do Regimento que tinha: como era aconselhado pelo contrairo, apontando as causas e razões em que uns e outros se fundavam: e que porém lhe pedia que n'isso o aconselhasse; por que na confiança que tinha de seu saber e certidão de amor, que entre elles havia, sua vontade era seguir o que a elle melhor parecesse.