United States or Zambia ? Vote for the TOP Country of the Week !


DURIANO. Longo curso de tempo, e apartado Lugar a hum coração, que vive entregue, Não podem apartar de seu intento. Porque foges, cruel, a quem te segue? Não vês que teu fugir he escusado, Pois sem mim não estás hum momento? Torna, cruel; não fujas a quem t'ama: Vem a dar vida, ou morte a quem te chama.

Não exclamou elle com enthusiasmo não me fujas, porque me levas a esperança mais bella que o meu coração concebeu. Deixa-me adorar-te, sem te conhecer!... Não levantes nunca esse véo... mas deixa-me vêr a face da tua alma, que deve ser a realidade d'um sonho de vinte e sete annos... Estás dramatico, meu poeta!

Olha: eu sento-me distante de ti, para que não fujas desfeita em luar. Gostava tanto de sentir a tua mão pousada na minha cabeça, tanto! Olha!... Sob a Arvore realidade ou illusão? uma figura se constroe de luar, na sombra opaca uma tremulina toma forma.

Deu-se pressa, pois, o fidalgo, e chegou ao Porto a tempo que a religiosa, amiga da outra de Lamego, entregava á doente esta carta de Simão: «Não me fujas ainda, Thereza. não vejo a forca, nem a morte. Meu pae protege-me, e a salvação é possivel. Prende ao coração os ultimos fios da tua vida. Prolonga a tua agonia, em quanto eu te disser que espero.

Uivaria de amor a féra bruta Que pela grenha te sentisse a mão! E eu não sou féra, pomba! Espera! Escuta! Eu tenho coração! Não é mais preto o ébano que as tranças Que adornam o teu collo seductor! Ai não me fujas, pomba! que me canças! Não fujas, meu amor! A mim nasceu-me o sol, rompeu-me o dia Da noite escura d'olhos taes, mulher! Não me apagues a luz que me alumia Senão quando eu morrer!

Ia á horta das nogueiras, Ia passear ao valle, Vêr se tinha flôr a vinha E romãs as romeiras; Mas a multidão que vinha Atraz de mim era tal Que não vi nada, e tão cedo Apanho tamanho medo. Oh não fujas, anda , Sulamense! deixa vêr Belleza como não ha No mundo nem póde haver. Arrebata na verdade, Mas como um canto de guerra, Porque ao mesmo tempo aterra Este ar e magestade.

Não córes, escuta, não fujas de mim, Que o sonho foi sonho de casta paixão: crês, não duvídas, verás como é lindo O sonho innocente do meu coração: Eu via em teus labios um meigo sorriso, Em tens olhos negros um terno mirar, Teu seio de neve a arfar docemente, Sentia nas faces o teu respirar. E tu não fallavas, mas eu entendia; E tu não fallavas, mas eu bem ouvi!

Tenho a cabeça fria da beira da sepultura, d'onde me ergui. Aqui estou em diante do mundo. Sinto o peso do coração morto no seio; mas vivo eu, Affonso. Meus labios não amaldiçoam, minhas mãos estão postas, meus olhos não choram. O cadaver ergueu-se na immobilidade da estatua do sepulcro. Agora não me temas, não me fujas.

O nobre orgulhoso, se julga feliz ao ouvir-te uma palavra, que lhe faça sorrir uma lisongeira esperança; o avarento, julgando-se pobre, em ti um thesouro, que o faria feliz; o pobre, que te ama, se rala de ciumes ao ver-te rodeada d'homens que não como elle te saberiam amar. Do nobre não fujas, se não receiares que o amor que no peito lhe ferve, se póde gelar com ambição de brazões.

Agora o levo commigo, e com elle a tua alma... Senta-te aqui, José, ao de mim, não me fujas ainda, que o navio não parte por ora... Lembra-te que esta separação póde ser eterna... Eterna! repetiu estremecendo Graça Strech.