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Ás vezes ia conversar com a tia para a sala de jantar; as janellas estavam cerradas, na penumbra zumbia a monotona susurração das moscas; a tia a um canto do velho canapé de palhinha fazia crochet, com a luneta encavallada na ponta do nariz; Amaro, bocejando, folheava um antigo volume do Panorama. Á noitinha sahia, a dar duas voltas no Rocio.

Ao lado, em cadeiras tambem douradas, conversavam dois ecclesiasticos. Um, risonho e nedio, de cabellinho encaracolado e branco, abriu os braços para mim, paternalmente. O outro, moreno e triste, rosnou «boas noites.» E da mesa, onde folheava um grande livro de estampas, um homemzinho, de cara rapada e collarinhos enormes, comprimentou, atarantado, deixando escorregar a luneta do nariz.

E o seu tormento era não conhecer os nomes das arvores, da mais rasteira planta brotando das fendas d'um socalco... Constantemente me folheava como a um Diccionario Botanico. Fiz toda a sorte de cursos, passei pelos professores mais illustres da Europa, tenho trinta mil volumes, e não sei se aquelle senhor além é um amieiro ou um sobreiro...

Naquelas laudas oficiais folheava a vida social como num índice; lia como numa partitura, tôda a harmonia humana. E que harmonia, Santo Deus! Tinha vontade de fugir, de tapar os ouvidos, de se meter sòzinho num buraco. Ali roçou, mais encolhido, aspirações, quimeras ulceradas. Como era um fraco, de uma nervosidade romanesca, sentiu terror: tinha vontade de chorar.

Porque me interessam as almas superiores... Júlia pegou no volume que Frederico folheava, viu o título. Em todo o caso, tambêm romances!... Nos romances, ainda almas, minha senhora... De que trata êste? Dum amor infeliz, dum amor que nunca se confessou, e que era incomparável de elevação, de fervor, de constância... Bem sei!

Conta-se até que um poderoso bey de Marrocos o guardava na sua bibliotheca e de quando em quando o lia com inexcedivel prazerLeitura sempre cheia de uncção e piedade, mereceo do sabio Fontenelle o conceito de «o mais bello livro sahido das mãos dos homens». Modestamente se intitula De imitatione Christi. O padre todos os dias e todas as noites o folheava com beatifica e inalteravel devoção.

E Gonçalo, retomado pela idéa de artigos para os *Annaes*, folheava, rente á janella, a Historia da Administração Publica em Portugal, quando Bento voltou com um rolo de pergaminho, d'onde pendia, por fitas roidas, um sello de chumbo.

O pintor seguiu-o, assaz intrigado. Escute-me, meu caro: entrei na posse de fundos com que não contava. O senhor vai pôr casa... Se duas ou três notas de mil francos... ou mesmo quatro... Sim, se quatro, ou cinco mil francos, lhe podem ser úteis nesta ocasião, não faça cerimonia... Hei-los! E Pedro folheava com mão trémula o maço das notas.

Depois d'este rito derradeiro que lhe arrancava ora um suspiro, ora um bocejo, Jacintho, estendido n'um divan, folheava uma Agenda, onde se arrolavam, inscriptas pelo Grillo ou por elle, as occupações do seu dia, tão numerosas por vezes que cobriam duas laudas.

E lembrava-me a ingleza do senhor barão. Ella collocára junto ao prato um livro aberto que me pareceu ser de versos: o barbaças, mastigando com o vagar magestoso d'um leão, folheava tambem, em silencio o seu Guia do Oriente. E eu esquecia o meu carneiro guisado, para contemplar devoradoramente cada uma das suas perfeições.

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