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Da sua côr singular uma ideia leve A pallidez do luar, Batendo um floco de neve. Nem o breu, nem o carvão, Nem a noite sem estrellas, Têm a densa escuridão Das suas tranças tão bellas. A sua bocca, a sorrir, Quando mostra os alvos dentes, Lembra perolas d'Ophir Entre dois rubís fundentes. Das suas fallas suaves, Ao som commovente e lêdo, Cessam os cantos das aves E as folhas ficam de quêdo.

Nem mais um floco de neve, tudo luz agora, e podemos ver cheios da mais intima satisfação, com uma surpreza ingenua no olhar, o aspecto risonho da bahia cortada de embarcações á vela e á vapor, com os seus longes de verdura matizando perfis de montanhas indistinctas, muito descoberta, sem o sombrio magestoso das paisagens americanas do sul, bella na sua simplicidade natural, e, sobretudo, muito clara áquella hora.

Não cuidem que um escriptor consciencioso escreva uma linha com o fim de encher papel; que invente um episodio por seu alto recreio: tudo aqui vem a pello desde o mais somenos facto ao de mais vulto, e os leitores phylosophos, que esquadrinham os fins moraes, procuram o succo de todo o livro e folheto, farejam uma ideia em cada letra impressa, acharão neste romance demonstrações de que grandes successos, que pasmam do mundo, são como os nevões: um floco de neve, que rola do cimo dos Alpes, ao chegar ás fraldas destroe casas e plantios; uns bigodes cortados em 1152, ainda no seculo em que viviam estes nossos heroes, destruia cidades, assim como as bagatellas acima apontadas salvavam este canto da terra de ser hoje em dia... um pachalik ou cousa peior.