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Deus pegou nas flores, levou-as ao coração, mas a que elle beijou foi a florinha silvestre, despresada e murcha: a flor adquiriu voz immediatamente, poz-se a cantar com as almas que rodeiam o Creador, umas junto d'elle, outras ao longe, formando circulos que vão augmentando successivamente, multiplicando-se até ao infinito, povoados de seres inteiramente felizes, cantando todos harmoniosamente desde a creança abençoada até á humilde florinha do campo, levantada do lodo, d'entre os tristes despojos da rua sombria e tortuosa.

E recommendaria a Gracinha que, para mais honrar a doce festa, se decotasse, pozesse o seu collar magnifico de brilhantes, a derradeira joia historica dos Ramires. Aquelle André! que flôr, que rapaz! O relogio de charão, no corredor, rouquejou as nove horas.

Os autos das barcas, que são como continuação uns dos outros, e formam a trilogia, ou drama em tres quadros, mais antiga da Europa, constituem com Mofina Mendes e Rubena a flôr do theatro de Gil Vicente; porque talvez em nenhuma das scenas que os compõem deixa de patentear-se em subido gráu o genio da comedia.

Mas o certeiro punhal do Bastardo acabára o denodado Lourenço, flor e regra de cavalleiros por toda a terra de Riba-Cavado... E que lastimoso e desfeito com suja terra na face, a garganta empastada de sangue negro, as malhas do saio rotas sobre os hombros e embebidas nas carnes retalhadas, e nua, sem grêva, toda inchada e rôxa, a perna ferida em Canta-Pedra, onde mais sangue e lama se empastavam!

Diz-se a um homem amo-te, vae-se fugir com elle, está-se n'um navio, e de repente, a meia hora da felicidade e do paraiso, quando se não terra, vem um escrupulo, uma mágoa, uma saudade do marido talvez, uma lembrança d'um baile, ou d'uma flôr que ficava bem e adeus para sempre! e quer-se voltar; e tu, miseravel, soffre, chora, arrepella-te, e morre para ahi como um cão.

Pende em meio seio a haste branda e fina E não posso entender como é que, emfim, Essa tão rara flôr abriu assim!... Milagre... fantasia... ou talvez, sina... Ó Flôr que em mim nascêste sem abrolhos, Que tem que sejam tristes os meus olhos Se eles são tristes pelo amôr de ti?!... Desde que em mim nascêste em noite calma, Voou ao longe a aza da minh'alma E nunca, nunca mais eu me entendi...

Primicias do meu amor! Meu filhinho! do meu seio Tenro fructo que á luz veio Como á luz da aurora a flôr! Na tua face, innocente, De teu pai a face beijo, E em teus olhos, filho, vejo Como Deus é providente. Via em lamina doirada O meu rosto todo o dia E a minha alma não se havia De vêr nunca retratada?

Mas o vulgo, á belleza e á graça inaccessivel, O espirito banal, nunca pode sentir, A mágoa que por trás da palavra insensivel, Como ave triste, espreita, emboscada, a carpir! almas d'eleição commungam no mysterio Que á Dor empresta o encanto e a seiva que a renova, Como á flor que sorri num chão de cemiterio, O amargo coração que se desfaz na cova.

A creança quiz tanta força em certas linhas que o papel quasi que não resistiu. Outras eram tão delicadas que apenas o pezo do lapis era demais. Depois a creança vem mostrar essas linhas ás pessôas: Uma flôr! As pessôas não acham parecidas estas linhas com as de uma flôr!

Mas ao mergulhar o sol no mar de Tyro estava restabelecido e vivaz: Potte preparára para essa noite uma festividade sensual em casa da Fatmé, matrona bem acolhedoura, que tinha no Bairro dos Armenios um dôce pombal de pombas: e nós iamos contemplar a gloriosa bailadeira da Palestina, a Flôr de Jerichó, a saracotear essa dansa da Abelha, que esbrazêa os mais frios e deprava os mais puros...

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