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A Brizida é quem se encarrega de vir, de quando em quando, abrir as janellas d'esta casa, para que os ratos não a destruam de todo, e os tortulhos lhe não enfeitem as paredes. Mas como soube que eu?... Isso é um segredo. Não o esperava, porém, tão cêdo, nem imaginei que nos viesse ter assim ao intimo da casa. Fiquei embaraçada quando o vi.

E muito digno, coxeando, voltei ao quarto a fazer pacientes fricções d'arnica. Assim eu passei a minha primeira noite em Sião. Ao outro dia cedo o profundo Topsius foi peregrinar ao monte das Oliveiras, á fonte clara de Siloé. Eu, dorido, não podendo montar a cavallo, fiquei no sofá de riscadinho com o Homem dos tres calções.

Elogiou-o, fez a historia da sua aprendizagem d'Arte e eu fiquei como se costuma dizer com a pedra no sapato e, como observador que sou, tratei immediatamente de me informar do merecimento verdadeiro ou falso d'este amador.

Porquê? Se em nada me prejudicas... E anciosamente, vendo Judas que acabou d'entrar: O que ha de novo, Judas? Nada sei... MARTHA muito admirada: Não quizeste partir para a cidade? JUDAS indolente, recostando-se n'uma das camilhas do triclinio: Como vês, não parti... pois que fiquei. E porquê? Porque o somno que me invade Exige para o corpo algum repouso.

Passados quasi dois annos, recebi em Monsão uma carta do Malafaya com o retrato da menina. Ó meu amigo! confesso-lhe que fiquei de bocca aberta! Era a cousa mais perfeita que cobre a roda do sol! Sabe o senhor o que é apaixonar-se um homem, não atinar mais com a cabeça? Foi o que me aconteceu a mim!

A minha primeira idéa foi livrar-me comendo um dedo. Affiançaram-me, porém, que poderia egualmente livrar-me dizendo que tinha queixa de peito. Assim o disse, mas não me acreditaram, e fiquei ás ordens.

«Vida ditosa da infancia amena, tornada pena, que me traz delirio!... Meu terno amante, meu poderoso rei, por amor fiquei n'um atroz martyrio!... Ignora o mundo que cruel mysterio, ao cemiterio casta virgem leva!... Nem Elle sabe quanto hei penado, Arthur amado, que minha alma enleva!

«Eu ao principio fiquei completamente atordoada. Esta passagem repentina da luz para as trevas, do ar livre para um carcere estreito, produziu em mim uma impressão terrivel. Comtudo a pouco e pouco fui-me costumando e resignando. Comecei a distinguir alguns objectos n'aquella escuridão.

O meu esposo, desde que os chamorros o fizeram pedreiro-livre e regedor, e lhe deram o habito de Christo, não quiz saber mais de negocio. Entregou os armazens aos caixeiros, que nos roubaram; e, á volta e meia, foi-se tudo, e aqui fiquei eu viuva, na flôr da edade, com o meu Victor no berço, e... quer saber?

Fiquei sozinho, ouvindo com os ouvidos da minha cabeça as ladainhas que iam minguando, em retirada... mas também ouvindo com os ouvidos do pensamento o chamado carinhoso da teiniaguá; os olhos do meu rosto viam a consolação da Maria Puríssima que se alonjava... mas os olhos do pensamento viam a tentação do riso mimoso da teiniaguá; o nariz do meu rosto tomava o faro do incenso que fugia, ardendo e perfumando as santidades... mas o faro do pensamento sorvia a essência das flores do mel fino de que a teiniaguá tanto gostava; a língua da minha boca estava seca, de agonia, dura, de terror, amarga, de doença... mas a língua do pensamento saboreava os beijos da teiniaguá, doces e macios, frescos e sumarentos como polpa de guabiju colhido ao nascer do sol; o tato das minhas mãos tocava manilhas de ferro, que me prendiam por braços e pernas... mas o tato do pensamento roçava sôfrego pelo corpo da encantada, torneado e rijo, que se encolhia em ânsias, arrepiado como um lombo de jaguar no cio, que se estendia planchado como um corpo de cascavel em fúria...