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E havia escassamente o necessario! Tres rewolvers; Cinco cantis d'agua, de cinco quartilhos cada um; Cinco mantas; Vinte e cinco arrateis de biltong que é uma especie de carne sêcca; Dez arrateis de contas de vidro para presentes aos indigenas; Navalhas, phosphoros, um compasso, um filtro d'algibeira, uma enxó, uma garrafa de cognac, tabaco e os fatos que tinhamos no corpo.

Perante ellas sorria, como se bebesse, por um filtro mysterioso, a mocidade e a frescura. Convertia em tortura esse prazer singelo e bom. Antecipadamente discutia-se o dia da visita; não era sem receio que Claudio se aventurava a lembral-a, tendo percebido quanto a mulher se contrariava. Vamos amanhã? Amanhã, não.

E então para fugir ao desespero e ao panico Bebiam com mais ancia o filtro singular. Até á epilepsia, ao turbilhão tetanico Do sabat desgrenhado e erotico, a espumar! E á força de beber o tragico veneno Tombou por terra exhausta a humanidade emfim, Como em Londres, de noite, ao d'um antro obsceno Cáe sob a lama inerte um bebado de gim.

A deparar-lh'a, dar-se-hia o unico milagre possivel n'estas conjuncturas, milagre aliás frequente, quando as mulheres queridas não tem comsigo a predestinação da luveira, e o iman tresdobradamente portentoso da formosura, do talento e do espirito, sem fazer menção do mais feiticeiro filtro que ha ahi n'isto de magia amorosa, que vem a ser a esquivança da que é adorada, um não-querer de exempta, uma delicada repellencia que a um tempo vos alanceia coração e amor-proprio.

O açor, pairando sobre a avesinha desprevenida, apenas viu que um rapaz de quinze annos transpozera o limiar do grande mundo, abateu o vôo, aferrou-o com as garras das paixões licenciosas, e desappareceu com a presa através de uma atmosphera, onde o veneno se respirava pelo filtro do prazer. Alvaro da Silveira foi a presa.

Era o filtro subtil d'essas plantas de morte Que fazia da alma um derviche incoherente, Uma bussola doida á procura do norte Uma céga a tatear no vacuo, anciosamente!... E a taça do veneno estonteador e amargo No funebre banquete ia de mão em mão, Produzindo o delirio, a syncope, o lethargo E em cada olhar sinistro uma cruel visão.

Encheu-se-me o peito de anhelos pela sorte da patria, e d'amores muito seus d'ella, como de filho que do imo das entranhas lhe quer. Volvi-me no rumo do ninho meu; e mal se enrubesceram os horisontes d'esta minha e tão nossa terra de fragrancias e idyllios, assim me coou as fibras do seio um como filtro de melancholia, que me subia aos olhos exsudando lagrimas.

E o sol rubro da aurora ia-se erguendo, pausado e lento, seguro da sua força e omnipotência, sorrindo ao esforço humano e afagando-o, latejante de brilhos sanguíneos, porventura misteriosamente repassados do mesmo filtro que repassa o coração e o inunda de amor quando o anima.

Parece um paiz devastado onde se deram lutas de titans, por onde passou o sopro de uma tempestade cyclopica, onde a natureza estrebuxa em cataclysmos tremendos, e faz ao mesmo tempo o effeito calmante e doce de um ninho de verdura que abriga a alma dolente, e a envolve no filtro subtil das suas essencias vegetaes.

O que elle principalmente traduz é o amor nas suas infinitas modalidades tragicas ou divinamente bellas... O amor dos nervos, o amor da carne e o amor da alma entrelaçados e produzindo esse mixto doloroso, que embriaga como um filtro, que corróe como um veneno, que contrahe como uma convulsão, que entontece os sentidos e ao coração as revelações da infinita Dôr!

Palavra Do Dia

stuart

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