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Não te digo nada, Rosinha! Nunca mais lhe pozeram ôlho... Da segunda vez foi mais fina. Casou-se com o tal rapaz, e mandou buscar os bahus, e muitas recommendações á regente, que ainda se benze quando se falla em Maria Peixoto... Aquillo era levadinha! E esperta? Traduzia novellas francezas ás raparigas, e leu-me uma que fazia doer a barriga com riso... era o Cavalheiro de Faublás, lêste?

E por toda a parte vae lavrando este contagio funesto. Tudo está impregnado de immoralidade; a litteratura mesmo está viciada. Ó adoradores do passado, compadecei-vos de nós! Actualmente lêem-se os romances de Alexandre Dumas, filho. No vosso tempo lia-se o Cavalheiro de Faublas, e a Justina do marquez de Sade. Ó tempos felizes d'outr'ora! Ó moral das passadas éras!

Chamava-se Vladimira; nascera ao de Nidji-Novogorod; e fôra educada por uma tia velha que admirava Rousseau, lia Faublas, usava o cabello empoado, e parecia a grossa lithographia cossaca d'uma dama galante de Versalhes... O sonho de Vladimira era habitar Paris; e fazendo ferver delicadamente as folhas de chá, pedia-me historias ladinas de Cocottes, e dizia-me o seu culto por Dumas filho...

Tragam agua benta, e a regra do patriarcha S. Bento disse a regente. Emquanto as abluções demonifigas se faziam na cella endemoninhada, Maria Elisa contava a Rosa o primeiro capitulo do Cavalheiro de Faublás. Os planos, que o arcediago incubára no seu profundo saber do coração humano, abortaram. Sahia-lhe tudo ao envez das suas esperanças.

Era um bello aposento, Que Faublas prezaria sem desdouro... Ninho d'abutres, perfumado e fôfo, A que dava um revérbero sangrento, Á froixa luz d'um candelabro d'ouro, A adamascada purpura do estôfo. Molles coxins, em largas ottomanas, Convidavam a languidas posturas As Aspasias catholicas-romanas, As lúbricas sultanas D'aquelle harem christão, meio ás escuras!

Vivia com honra, e recebia pontualmente a sua mesada. Rosa ignorava a existencia de sua mãe, tinha de longe a longe saudades do pae; mas isso não era forte razão para que deixasse de comprar a melhor edição do Cavalheiro de Faublás, que traduzia perfeitamente com a sua amiga, graças aos cuidados do pae em mandal-a aprender o francez durante um anno que esteve na casa do Laranjal. Mr.

Eu não tenho lido nada... Em casa do tal amigo de meu pae não havia livro nenhum. O que me deram foram as Horas Mariannas e a Alma Convertida. Olha que brutos!... Deixa estar que te hei de contar a historia do Cavalheiro Faublás, que é de morrer a gente com riso.