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Theóphilo Braga esboçou uma biografia de Cristovam Falcão, e ninguem ousará contestar-lhe o mérito de haver sido o Plutarco do suposto trovador.

No segundo capítulo d'este livro, ficou tambem fielmente reproduzida outra carta de Cristovam Falcão, que o infatigavel historiador havia corrigido, como se se tratasse de um tema de algum discípulo seu. Mesmo quando se entrega a trabalhos de reconstituição histórica, o snr. dr. Theóphilo Braga não se esquece de que é professor de literatura portuguêsa! Depois de isto, como ousa o snr. dr.

N'este particular, tudo o que eu pudesse dizer, ficaria abaixo de uma palavra d'elle mesmo, em 1857. então millionario, ou quasi, encontrou na rua dois meninos, seus conhecidos, que lhe perguntaram se uma nota de cinco mil réis, que lhes dera um tio, era verdadeira. Corriam algumas notas falsas, e os pequenos lembraram-se d'isso em caminho. Falcão ia com um amigo.

O homem, como Isabel de Castella o designava com espanto, mirava mais longe. Depois, rechaçado, mas não desesperado, fez de coruja em 1479; contando voar de falcão no momento opportuno. Nem paravam ahi as suas ambições: lembrava-se do fallecido infante D. Henrique, e dos vastos planos, abandonados, que tinham fervido n'aquelle cerebro.

A minha revelação causou tanta surpresa e interesse aos meus companheiros de villegiature, como a mim proprio. Ir eu encontrar, ao cabo de tantos annos, a mesma Christina da rua das Fontainhas, a quem fôra entregar o dinheiro do Muxagata, na occasião em que ella estava ceando com o Falcão do Marco!

A este tempo o herdeiro do cavalleiro assassinado era um mancebo louvado pela destresa nas armas e pela prezença gentil a cavallo e nos saráus. Chamava-se D. Moço Ansures, e vendo-o passar, esbelto e affogueado da carreira, com o falcão no punho, as donzellas sorriam-se e córavam, e os homens saudavam-o admirando a fiel imagem do rico homem morto na vespera de S. João.

Em 1897, ao publicar a sua edição refundida do livro Bernardim Ribeiro, confrontando versos de Bernardim com os atribuidos a Cristovam Falcão, escreveu o professor de literatura.

Anselmo Braancamp Freire escreve em nota: «Sei que se trata de provar que a Ecloga de Crisfal não foi escripta por Christovam Falcão, mas por Bernardim Ribeiro, e que por tanto a heroina não é Maria Brandão, mas sim a mesma do romance Menina e Moça d'aquelle auctor». E accrescenta, que o sr.

Ora admitindo por um momento que Cristovam Falcão houvesse sido poeta, e tivesse a lembrança de escrever uma écloga abundante em inconfidências, pespegava-lhe, sem mais nem menos, com um anagrama deduzido das primeiras sílabas do seu nome, para que toda a gente logo o apontasse a dedo como inconfidente? De mais a mais, como quer o snr. dr. Th.

Era a filha da irmã viuva, que morreu e lhe pediu a esmola de tomar conta d'ella. Falcão não prometteu nada, por que um certo instincto o levava a não prometter cousa nenhuma a ninguem, mas a verdade é que recolheu a sobrinha, tão depressa a irmã fechou os olhos. Não teve constrangimento; ao contrario, abriu-lhe as portas de casa, com um alvoroço de namorado, e quasi abençoou a morte da irmã.