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Outras razões, porém, antes do trabalho de Delfim Guimarães, me levavam a pender para o arrocho da não existencia poetica de Christovam Falcão.

D'este senão, a causa foi um chamado Livro-negro, que herdára de seu tio avô Marcos de Barbuda Tenazes de Lacerda Falcão, genealogico pavoroso, o qual gastára sessenta dos oitenta annos vividos, a colligir borrões, travessias, mancebias, adulterios, coitos damnados, e incestos de muitas familias n'aquellas satanicas costaneiras, denominadas Livro-negro das linhagens de Portugal.

Os odios dos seus algozes careciam d'estas ultimas affrontas. Ainda a 16 d'outubro escrevia elle a seu primo, Antonio de Sousa Falcão: «No caso que se não attenda aos embargos, então, peço-te, que o letrado faça um requerimento em meu nome, para que em vez de me enforcarem, me fuzilem. Quero a morte do soldado.

Mas tanto a paixão é uma que o snr. dr. Theóphilo Braga, na écloga em que Bernardim se personifica sob o nome bucólico de Persio, viu n'essa personagem *Cristovam Falcão*! E estamos em crer que o ilustre professor não irá agora sentencear que a écloga primeira de Bernardim tambem foi elaborada pelo suposto trovador... Pois se o snr. dr.

Desde longos tempos até este anno 1908 da era de Xpõ, como escreviam os nossos velhotes, tudo era suppor que, ahi por alturas de mil quinhentos e tal da mesma era do Senhor, viveu, floresceu, e ninguem mais soube d'elle, certo Crisfal, poeta e namorado, que toda a gente indicava como sendo Christovão Falcão, um Christovão Falcão que se sabe agora escrever como um carreiro e ter mais erros de orthographia do que cabellos tinha na cabeça... se a Historia não provar que elle era careca.

Bernardim Ribeiro e Crisfal eram um e mesmo poeta. E depois d'este processo que, na opinião do sr. Jordão de Freitas? Os manuscriptos conhecidos de Bernardim Ribeiro andavam ligados com os de Christovam Falcão, como se pela descripção do n.^o 180 da Livraria do Conde de Vimieiro: Obras em prosa e verso de de Miranda, Bernardim Ribeiro e Christovam Falcão; tambem o Arcediago do Barreiro, dr.

E tal conceito assume, na 10.^a estrophe das «Trovas», uma formulação mais abstracta e geral: «O longo uso dos danos se converte em natureza». A hypothese de «Crisfal» ser Christovam Falcão exigiria, portanto, que delle fosse, tambem, um simples reflector o nosso, aliás original, Bernardim Ribeiro; ou isso, ou, então, plagiario o outro...

Nem na sua comunicação á Academia das Sciências de Portugal, nem no seu artigo do jornal «O Dia», nem na carta que nos dirigiu, se referiu, embora ao de leve, o snr. dr. T. Braga á carta de Cristovam Falcão de Sousa... Compreende-se. O documento é tam esmagador, que o infatigavel polígrafo foge d'ele como dizem que o diabo foge da cruz.

«Foi tanto o choro, que não lhe abastavam os seus olhos ás suas lagrimas...» «Os manuscriptos conhecidos de Bernardim Ribeiro andavam ligados com os de Christovam Falcão, como se pela descripção do n.^o 180 da Livraria do Conde de Vimieiro: Obras em prosa e verso de de Miranda, Bernardim Ribeiro e Christovam FalcãoDo artigo «Movimento litterário».

Ahi bastaria uma manifestação ao regimento, que, á voz dos sargentos revoltados, viria para a rua em sedição. Removidos todos os obstaculos que, porventura, se apresentassem á execução do plano, os conspiradores iriam depôr a sua obra nas mãos de José Falcão, que, informado de tudo, horas antes, puzera o seu esforço ao serviço da Republica.