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Do Homem, e o Macaco. Hum Capitão de Navios Trouxe do Brazil hum Mono De condição vingativo, Mas fagueiro com seu dono. O dono estimava-o muito, E o Macaco o conhecia; Disto dava o bruto provas Nas festas, que lhe fazia. Trepava por elle a cima, Catava-o de quando em quando, Punha-lhe a mão pela cara, De roda delle pulando.

Se houvessemos de dar credito (respondeu o doutor) á experiencia, e tomar os successos do mundo por argumento, com poucas porfias se manifestará a verdade da vossa pergunta: mas tratando primeiro das razões, vejamos em que se parecem, e os poderes em que os antigos igualaram o amor, e a cubiça; que de ambos deixaram jeroglificos, e figuras. Pintaram pois ao amor menino, formoso, com os olhos tapados, despido, com azas nos hombros, e armado de arco e settas: menino, por facil e fagueiro; formoso, porque a belleza é o objecto dos amantes; despido, porque se não póde encobrir; cego, porque não , nem conhece a razão; com azas nos hombros, por ligeiro, e mudavel; armado, por forte, poderoso e cruel. A cubiça pintaram-a mulher, despida, com os olhos tapados, e azas nos hombros. Despida, pela facilidade com que por seus effeitos se descobre; cega, porque não nenhum respeito humano em rasão do que deseja: com azas pela velocidade com que segue aquelle objecto, que debaixo da especie de proveito se lhe representa. Assim que nas armas, e no sexo feminino achamos na pintura differença: porém se considerarmos os effeitos da cubiça, ou foi que na pintura de mulher as quizeram cifrar todas, ou que lhes faltou lugar para tantas armas; porque se amor é forte e poderoso, e vence a tudo, como disse o poeta; o mesmo confessa que a todos os extremos fórça, e obriga a sede do ouro aos humanos; se a amor como a poderoso o fingiram Deus cruel, como diz o poeta Seneca; não a cubiça é Deus do avarento e cubiçoso, mas o mesmo ouro que deseja, como d'elles disse um doutor santo; se lhe chamam cruel pelos damnos que no mundo fizeram seus poderes, mais reinos assolados, cidades destruidas, e damnos immortaes se fizeram no mundo por cubiça, que por amor: e antes de chegar aos exemplos, com que se póde provar esta verdade, vejamos em seu nascimento que coisa seja amor humano; e o que é cubiça. A elle chamaram muitos auctores furor; e este definio maravilhosamente um doutor grego, que disse que amor era um desejo irracional, que facilmente se emprega, e com grande difficuldade se perde. E da cubiça escreve outro mais moderno, que é um appetite fóra da medida certa, que ensina a razão; que não tem modo, nem fim.

O sr. Arrobas, festivo, vae a pôr na cabeça a mesa da presidencia, julgando-a o seu chapeu. O sr. Lobo d'Avila, muito commovido chora no seio do seu ex-correligionario politico e sempre amigo fiel, Melicio o fagueiro. Áquelle que jurou assassinar-me

Não sei o que sinta n'alma ao vêr tuas faces bellas... é ancia, é febre. Sinto-me preso d'um terno delirio, ouvindo teu fallar sonoro e fagueiro... Era ao sol posto, quando me deste um riso; n'elle colhi um perennal sentir... Quiz fugir-te... senti-me preso a ti. Em troca... offereci-te rosas. Dar uma rosa parece nada ser... porém... com as que te dei... foi juncto o meu pensamento!

Levantei-me e segui o rasto com a maior presteza; mas entrando na floresta, o meu desespêro subio de ponto. Na mata virgem o solo coberto de musgo espesso não deixa perceber um rasto ao ôlho mais experimentado. Parei desanimado. Tudo o que tinha phantasiado cahio como sonho fágueiro ao impertinente despertar.

Passou-se anno e meio, e o mais fagueiro sonho de Laura, ter um filho do homem que adorava, fugia, fugia sempre diante d'ella, como um phantasma. Acautella-te! dizia-lhe Antonino. Um filho pode-te fazer perder a voz. Ah! se tivesse um filho, respondia Laura, jámais teria saudades!... E teria ella saudades, effectivamente?

Os ditosos noivos retirar-se-hão brevemente para Lisboa, onde irão passar a lua de mel. D'aqui mesmo lhes enviamos os nossos parabens, fazendo votos pela sua felicidade futura, e eterna união.» O ideal de Arthur realisara-se, pois, neste mundo. N'aquelle dia tudo lhe sorriu fagueiro e jovial. A primavera tornara a despontar no seu coração, cheia de galas e encantos.

Desacreditada a Zina, um nunca acabar de linguarice! Hórror, hórror, hórror! Na minha qualidade de historiografo sincero, cumpre-me mencionar que Aphanassi Matveich esteve a tiritar toda a santa noite no cubiculo, ás escuras, onde se fôra alapardar para conservação dos seus olhos. O dia immediato não amanheceu fagueiro: isto de desgraças vem sempre aos pares.