euros

Com este pezo as aguas se incurvaraõ, E Neptuno apôs delle, logo erguendo A lança triplicada, se avistaraõ Em sanguentadas ondas decorrendo; As formosas Nereidas lhe assistiaõ, As crystallinas lagrimas limpando, E os ligeiros Delfins tristes corriaõ, Com mil ordens a Eolo decretando: Os Euros sibilantes quiesceraõ; Boreas, e Aquilões emmudecêraõ.

José Daniel Rodrigues da Costa - Espada da Justiça Sobre os Reos do Horroroso Delicto Praticado no Navio Pelos que Morreraõ Enforcados aos 14 de Agosto de 1781

E o fremito dos euros, E o estourar da vaga, Na praia, que revolve, Na rocha, onde se esmaga; Onde espalhava a brisa Sussurro harmonioso, Em quanto do ether puro Descia o sol radioso, Typo da vida do homem,

Alexandre Herculano - A Harpa do Crente : Tentativas poeticas pelo auctor da Voz do Propheta

Vamos onde quizeres; insofrida A Astucia respondeu. E logo promptos Metidos n'uma nuvem negrejante Tirada por seis Euros rujidores, Despejando coriscos sentelhantes Ao orrorozo som d'um trovaõ grande Sobre a airoza Coimbra em fim baixáraõ.

Francisco de Paula de Figueiredo - Santarenaida: poema eroi-comico

Ou antes... aturdi-me, Euros bravos; ou antes... vós, astros, cifras de diamantes, o arcano me aclarae lá d'essas regiões.

António Feliciano de Castilho - O presbyterio da montanha

E o frémito dos euros, E o estourar da vaga, Na praia, que revolve, Na rocha, onde se esmaga, Onde espalhava a brisa Sussurro harmonioso, Em quanto do ether puro Descia o sol radioso, Typo da vida do homem,

Alexandre Herculano - Poesias

Ou antes... aturdi-me, Euros bravos; ou antes... vós, astros, cifras de diamantes, O arcano me aclarae lá d'essas regiões.

António Feliciano de Castilho - A Chave do Enigma