United States or Hong Kong ? Vote for the TOP Country of the Week !


Passava horas esquecidas assim, a contemplar as ondas no seu eterno refluxo, imagem dos pensamentos reconditos, das aspirações impossiveis, que tempestuavam na solidão de sua alma.

Era um brado, um testemunho Do nada que o mundo é. Quanto a minha mente erguia Tudo por terra cahia, ficava Deus e a . Lancei-me aos braços do Eterno Com o fervor de infeliz; Senti mais fundas as dôres, Mais agros os dissabores... O proprio Deus não me quiz! Depois, no mundo, cercado, de angustias, divaguei De um abysmo a outro abysmo Pedindo ao louco cynismo O prazer que não achei.

Foi assim que aquella alma cristallina, para quem a idade-média tinha sido uma delicia, exhalou o derradeiro suspiro, emquanto o velho Leão, sempre de joelhos, lia o D. Quichote de Cervantes, o epitaphio eterno da idade-média.

Não morre: eterno como a fonte d'onde Dimana a luz, a vida, amor e tudo, Que amostra a terra, amostra o mar, e esconde O céo, o espaço, o infinito mudo... O mundo mudo! para quem? responde, Valente martyr! que o pesado escudo, Com que a verdade os olhos encobria, Morreste mas quebraste á luz do dia.

Bastava, ó Newton immortal; bastava A dar-te hum nome eterno, a luz, e as côres; Mas tu, da clara luz transpondo o Imperio, Foste os astros seguir no eterno móto. A pestilente Inveja em vão contrasta A teu nome immortal memoria, e honra.

Tu vel'a, quando o Sol lhe affasta os raios Do seu formoso olhar durante o inverno, A amante debulhar-se em pranto eterno, Das gallas se despir; Em valle e monte as folhas, com tristeza, Dos troncos com os ventos desprendendo-se, E o mar, co'os ceus em lucta contorcendo-se, Raivoso aos ceus bramir!...

Irás das trevas á luz! Ha de abrazar-te em desejos Que ella mesma apagará; Has de sentir muitos beijos Sem nunca vêr quem t'os ! Ora, a nudez, que enthusiasma, Pelo abysmo encobrirás, Fugindo como um phantasma Aos braços de Satanaz; Ora, ante os olhos do Eterno, Rolarás sem um véu, Tentando, em nome do inferno, A castidade do céu!

Nem quiz sahir n'aquelle dia; foi para a varanda que deitava sobre o quintal, ver descer serenamente a tarde no ceu côr de rosa, deixando um sorriso de saudade ás franças das arvores, que matisavam, como grandes nodoas, o alvor das casarias da cidade; e á noute quando a meia luz do abat-jour lhe deixou ver o Alberto a seu lado, repoltreado n'uma cadeira de verga, pensou no seu tempo feliz de mulher solteira e lembrou-se de Bertha, áquellas horas ouvindo o sussurro eterno do mar, ao lado do seu Roberto.

46 Sinal lhe mostra o Demo verdadeiro, De como a nova gente lhe seria Jugo perpétuo, eterno cativeiro, Destruição de gente, e de valia.

Que vida era a sua? Que fazia ella ali? Aquella mulher era uma d'essas creaturas, como muitas, que Deus arrojou ao mundo, para justa punição do homem, e opprobrio eterno da humanidade.

Palavra Do Dia

sentar-nos

Outros Procurando