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E partirei talvez sem lhe deixar, Na memoria, esse interno e fundo olhar, A comovida imagem do meu sêr... Tarde. Vagueio por um outeiro. Sua Imgem chimerica fluctua, Deante de mim, no espaço: é nevoeiro Vestindo de emoção a terra nua... E como na minh'alma se insinua Aquele etéreo Vulto... amôr primeiro! Ouço-o falar, fóra, á luz da lua. Vejo-o brincar na sombra do terreiro.

As aruores agreſtes, que os outeiros Tem com frondente coma emnobrecidos Alemos ſam de Alcides, & os Loureiros Do louro Deos amados, & queridos: Mirtos de Cyterea, cos Pinheiros De Cybele por outro amor vencidos, Estâ apontando o agudo Cipariſo Pera onde he poſto o Etereo paraiſo.

A pobreza dos homens muito arrancou daquela terra, que esplendidamente engrandecia, o pinheiro rebusto a cuja sombra a minha mocidade, cativada de todo o seu podêr e magestade, muitas vezes pediu que lhe dissesse o segredo da sua aspiração e o mistério da sua formosura. muito é cinza e e ao volveu, sacrificado a chamas piedosas. Mas a perene claridade dos seus ramos que, constante, o doirava em doce esmalte, ou o sol brilhasse alto ou se ocultasse, êsse sonhar do sol que ali pousava e nunca se extinguia, êsse não se apagou nem dissipou e êsse me prende ainda e me fascina. Vive nos céus onde as estrelas vivem; de nos ilumina e guia em nossa estrada; perpassa etéreo em toda a imensidade repetindo-me os salmos que eu ouvi aos ramos do pinheiro murmurando sua ardente oração

Num crescendo impetuoso o sonho em que Luar todo se torna, no génio do pintor se evóla todo e, assim, o artista em que o sonho vágamente se esbáte perdendo-se por fim, na mesma diáfana atmosféra idial se eléva, trágicamente divinisando a alma!... Tudo é etéreo e profundamente convulsivo; uma alucinação vibrante tudo transforma, tudo arrebata no seu turbilhão genial...! Uma poderósa acção mediumnica a levitação total das cousas, assim eterisadas, provoca então... E é Luar o fóco tenebroso da alucinação sinistra que em redór se esbáte, vagificando-se mais!...

Partioſe nisto em fim co a companhia, Das naos o falſo Mouro despedido, Com enganoſa & grande corteſia, Com geſto ledo a todos, & fingido: cortárão os bateis a curta via Das agoas de Neptuno, & recebido Na terra do obſequente ajuntamento, Se foy o Mouro ao cognito apouſento: Do claro aſſento Etereo, o grão Tebano, Que da paternal coxa foy naſcido Olhando o ajuntamento Luſitano, Ao Mouro ſer moleſto, & auorrecido: No penſamento cuyda hum falſo engano Com que ſeja de todo deſtruydo.

57 As árvores agrestes que os outeiros Têm com frondente coma enobrecidos, Alemos são de Alcides, e os loureiros Do louro Deus amados e queridos; Mirtos de Citereia, com os pinheiros De Cibele, por outro amor vencidos; Está apontando o agudo cipariso Para onde é posto o etéreo paraíso.

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