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O mais rude como o mais experimentado adorou neste mundo a eternidade. Na hora mais breve que se esvai e passa, no sorrir e nos olhos dos que amou, quis ver e quis sentir luz que não morre; e fielmente, talvez para não cair em tentação de perjúrio ou fraqueza, quis encarnar a crença na flor, dar um cálice

E em quanto pude Li o seu nome em tudo quanto existe No campo em flôr, na praia arida e triste, No céo, no mar, na terra e... na virtude! Virtude! Que é mais que um nome Essa voz, que em ar se esvái, Se um riso que ao labio assome N'uma lagrima nos cái! Que és, virtude, se de luto Nos vestes o coração?

Por fim um baque, a pomba caiu no chão, toda sangrenta, um olho arrebentado, bico aberto, num arquejar convulso, cortado de um arrulho gutural de vida que se esvai lentamente, gradualmente, com dor. Um estremecimento de membros por fim, uma agitação geral repentina, e morta! Ares além, os assassinos em bando voavam

A vida é o dia d'hoje, A vida é ai que mal sôa, A vida é sombra que foge, A vida é nuvem que vôa; A vida é sonho tão leve Que se desfaz como a neve E como o fumo se esvái: A vida dura um momento, Mais leve que o pensamento, A vida leva-a o vento, A vida é folha que cái!

Assim desamparado, entre ruínas do seu próprio sonho dissipado nas vagas da agonia como uma aparição de luz que apenas rompe e subitamente se esvai na tempestade, o cavador ficou-se a envelhecer, no silencio da gândara, amando todavia o seu casal e querendo sempre

Harpa meridional, porque, no extremo Da terra patria, o trovador errante Não deixaste partir com seus males? Porque vieste, oh filha do occidente, Cruzando os mares embrenhar-te em nevoas De céu septentrional? Tu, pobresinha, Se, hoje, pendente em tronco de pinheiro, Sem haver mão que te vibrasse as cordas, Jazesses esquecida, ainda soáras Com incerta harmonia. Ás horas meigas Em que o dia se esvai, placida a brisa, Que espira do oceano e encrespa as vagas, Passaria por ti, e te agitára, E murmuráras som que respondera Trémulo, fraco, á flauta dos pastores Sussurrando suave entre as quebradas Da montanha selvosa. E aqui?

Tres, sim. Não cuides Que te desgraças: Vês? Tres são as Graças, Tres as Virtudes, Tres. As folhas santas Que o lirio fecham, Vês? E que o não deixam Manchar, são... quantas? Tres!... Thuribulo suspenso inda fluctuo, Em quanto a alma em incenso restituo; Mas, quando como fumo que se esvai, Minha alma! vás teu rumo... sobe e vai.

Todo êsse convulsionismo gigantêsco que sublima Luar, essa ancia invencivel, ardente de, por um deboche estulto, dominar o artista, o modêlo mais não pode suportar e, caindo, então, numa prostração infinda em que toda a sua alma se dissolve, como que um campo noturno se torna duma batalha passada o qual uma luz pálida, sombria de lua vagamente ilumine, a luz vaga que o artista da sua alma toda, então, exála!... Foi o artista a luz vaga do ultimo quadrante quando, num delirio de morte, numa cavalgada inconsciente, nuvens tenebrosas em convulsões a envolvem sem a arrebatar, e agora, sempre sereno, frio, lúgubre, a sua pálida luz derrama na alma do modêlo através duma vaga neblina silenciosa, da névoa melancólica em que a alma de Luar toda se exála, se esvai...!

Feliz, ai! tão feliz qu'inda á lembrança, D'esses dias de amor e de ventura, De paz e de esperança, Se anima, e sorrir na noite escura, Um reflexo da estrella resplendente Que uma vez lhe brilhou serena e pura; Inda a sombria nevoa do presente Se rarefaz, se esvai, e se illumina Tudo a seus olhos de uma luz divina! Oh! tu lembras-te bem d'aquelle dia!

Tu, cujo alento Se esvái, como da cerva a leve pista No se apaga ao respirar da tarde, Do seio dessa terra, em que és estranho, Sair fazes as moles seculares, Que por ti, morto, falem; dás na idéa Eterna duração ás obras tuas. Tua alma é immortal, e a prova a déste!

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