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Em todos os dias subsequentes, andámos perdidos; ora, estacados por muitos dias em pousos, á espera de nossos animaes que fugião, 6 e 7 legoas atraz, perseguidos dos mosquitos; ora, caminhando por cerrados inundados, ora abrindo veredas em taquaraes, que afinal nos obrigavão a retroceder, ora emfim, rodeando as campinas, de que fallámos , cahindo, para distracção, em grandes pantanaes.

Anhélito nenhum se unia ás vozes Que lhe escapavão dos immotos labios; Do quieto coração nenhum palpite Lhe sublevava o seio; nada havia Que a rigida attenção interrompesse D'aquelles olhos estacados, fixos.

Deus sabe pelo que tenho passado, as desgraças que tenho rapado e as afflicções, para arranjar ao menos o triste pedaço de pão para a bocca... O peor é d'ellas. O meu coração estala, tanto tenho soffrido. Trago a noite dentro. Que se lhe hade fazer? Curtir a desgraça. Anh? Tenho pena de ter sido honrado... E fica com a bocca aberta, chorão, de cabellos brancos estacados.

Todos te enganam e ainda por cima se riem de ti. Anda, vae!... Tu que queres? Que ha-de ser de mim e da pequena? Nós temos culpa das tuas tolices, das tuas desgraças?... Não, mulher, não, bem sei... Anda! E elle voltava, todo o dia corria esbaforido, até que uma noite a mulher viu-o entrar, sem chapéu, enlameado, exhausto e de cabellos brancos estacados. A ingratidão embranquecera-o.

Heis-de tel-o encontrado esse velho gordo, de cabellos brancos estacados, aos empurrões na vida e com um ar d'afflicção que faz riso e piedade. Ó Gebo! Anh? Conta! E elle logo, em palavras rôtas, precipitadas, bebendo as lagrimas: Ó Senhor!... Tanto tenho andado e tanto tenho soffrido! Quanto mais faço peor, inda é peor... E não posso mais... Acabou-se!

Todas as tardes descia e tornava altas horas, com pão para o Gebo, que lagrimejava prostrado, gordo e ridiculo, como uma bola de sebo e de cabellos brancos estacados. Oh este cantar das mulheres, esta toada em farrapos, é a voz dos desgraçados, dos pobres, dos que não têm pão, nem felicidade, nem arrimo na terra!...

Este velho que pára nos patamares das escadas, gordo e molle, de cabellos brancos estacados, é o Gebo. Todo curvo, olha-vos com um olhar aguado e tonto. Ó Gebo! E elle, erguendo o carão afflicto: Anh?... E como este, outros assim. A toda a hora vae o enxurro humano polindo as pedras. A ventania açouta o casarão e passa, levando poeira de scisma, ais, para outro mundo ignoto.

Era quasi esmola que elle pedia, a chorar de cabellos brancos estacados. Um dia andára, rondára, a tresuar d'afflicção. Todos o repelliam. Era em certa terça feira aziaga d'esse inverno enregelado e torvo. Nem andar podia de amargura e cansaço, e via chegar a noite, horas de voltar para o casebre, onde a mulher decerto o esperava anciosa: Então? então?.... Arranjaste?

De envelhecido e gasto, de picaro e gordo, dil-o-heis um trapo que se deita fóra ou um doido de cabellos brancos estacados, a falar sosinho. Toda a gente o conhecia. Ó Gebo! Anh? A mulher, que fôra sempre bôa, azedára com a pobreza.

Heis de tel-o encontrado esse velho gordo, de cabellos brancos estacados e um ar d'afflicção que faz riso e piedade. Tomba ás vezes na rua, levanta se, e, todo enlameado, olha p'ra os lados e chora; depois caminha esbaforido. Parece que vae gritar, esse ser molle e gordo, de cabellos brancos estacados, e, de subito, baixinho, pede-vos esmola. Tem um riso de humilhado e o aspecto d'uma bola de sebo de cabellos brancos estacados.

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