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O snr. visconde de Castilho cuja indole amena e suavissima se espraia em recamos scintillantes por todas as paginas dos seus formosos livros, escreveu d'uma vez um poema onde se agita tempestuosamente o sentimento mais violento que póde escandecer o coração do homem, o ciume.
Estranhas, por ventura, o mar cercado Da fraca rede; a barca ao vento solta; E hum pobre pescador aqui lançado? Antes que o sol no ceo cerre huma volta Se póde melhorar minha ventura, Como a outros succede, n'ágoa envolta. Igual preço não he da formosura D'ouro a areia, que o rico Tejo espraia, Mas hum amor, que para sempre dura. Nunca sôbre elle o mar com furia saia!
Já o somno começa a fazer-vos pender a fronte; brincastes, correstes durante o dia á luz do sol, chega a hora do repouso, depois, quando fôrdes crescidos, gostareis de ficar, como eu fico, a contemplar o estrellado docel do firmamento, e a perguntar ás vozes mysteriosas da natureza qual é o segredo que faz palpitar tantos mundos na abobada estrellada; gostareis de vêr os campos onde o luar se espraia, as infindas maravilhas da creação! mas oh! nunca vereis panoramas como os que vos sorriem agora nos meigos sonhos da infancia.
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