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4 Os vinhos odoríferos, que acima Estão não do Itálico Falerno Mas da Ambrósia, que Jove tanto estima Com todo o ajuntamento sempiterno, Nos vasos, onde em vão trabalha a lima, Crespas escumas erguem, que no interno Coração movem súbita alegria, Saltando co a mistura d'água fria.

Ali, quando o vento do largo sacudia o arvoredo, em noites de plenílunio, o canto do sabiá tinha modulações saudosissimas, como se fôra cantilena de creanças. Maré cheia, poucos passos separavam a porta da cabana do logar onde a areia sorvia o rendilhado das escumas.

Não te detenhas mais, vem ja cortando Com teu candido peito as brancas ondas, Escumas menos brancas levantando. Indaque seja pobre pescador, Não sei se em desprezar-me muito acertas, Pois rico do amor teu me fez Amor. Porque deixas de vir? porque duvídas? Por ventura d'algum meu companheiro? Toda a noite pescárão, e primeiro Querem dormir a sesta nesta praia, Que o barco polo mar levem ligeiro.

Um bigode, quasi todo branco, espetado nas guias, como as sedas de um chicote, e o resto da cara rapado e escanhoado cuidadosamente, afinam perfeitamente o typo singular e repugnante d'este personagem funesto, que as desgraças civis fizeram sobrenadar com as escumas sociaes, mas que as galés cêdo, ou tarde, hão de recolher, como filho prodigo, se as iras populares se lhes não anteciparem.

O rio seguia monotono, n'um esvaimento; apenas pelo meio, ao largo, a correnteza fervia em cachões, borbulhava entre escumas alaranjadas, depurava-se de todos os residuos que acarreta a grande arteria aquatica. Pela beirada, aproveitando o remanso, ia subindo vagarosa, impellida pelo remo de , a canôa de pae Francisco, o velho pagé de Curralinho. Vinha de longe, o solitario viajante.

Deixo o velho Anacreonte, Hoje mettido a hum cantinho; Sua meza nunca teve Tão bons Versos, tão bom Vinho; Se os teve, Vós o roubastes Por minha felicidade; tem o Vinho, e os Versos Quem delle tinha a idade; Das escumas do Madeira Vejo nascer a alegria; Com as azas affugenta A minha melancolia;

Os vinhos odoriferos, que acima Eſtão não ſo do Italico Falerno, Mas da Ambroſia, que Ioue tanto eſtima, Com todo o ajuntamento ſempiterno: Nos vaſos, onde em vão trabalha a lima Creſpas eſcumas erguem, que no interno Coração mouem ſubita alegria, Saltando coa miſtura dagoa fria.

O mar, que agora brando He das Nereidas candidas cortado, Logo se irá mostrando Todo em crespas escumas empolado: O soberbo furor de negro vento Fara por toda parte movimento. Lei he da natureza Mudar-se desta sorte o tempo leve: Succeder á belleza Da Primavera o fructo; a elle a neve; E tornar outra vez por certo fio Outono, Inverno, Primavera, Estio.