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Esses não teem mais do que traduzir os sentimentos communs a toda a humanidade. Ha escriptores para os delicados, para os doentes d'essa terrivel nevrose cerebral que hoje martyrisa os pensadores, os artistas, os investigadores incontentaveis da verdade. Esses hão de ler com prazer agudo, quasi doloroso, os livros de Julio e Edmundo de Goncourt.
Mas que nos resta dos lusitanos? Do pouco que ácerca d'elles sabemos pelos escriptores gregos e romanos, que particularidade do seu character, da sua lingua, dos seus costumes, os liga comnosco? Porque titulo são elles nossos avós?
E nada mais se contém no ultimo livro recentemente publicado por aquelle que justamente se considera o primeiro dos escriptores portuguezes! Esse livro que se não baseia em nenhuma das necessidades da sciencia, da razão ou do sentimento do mundo moderno, caminhando no ar como as pinturas chinezas em que não ha solo, é uma pessima obra.
Em Portugal, onde estas questões não foram nunca ventiladas senão por pobres escriptores desconhecidos em periodicos tão desconhecidos como elles, a camara dos srs. deputados ouve pela primeira vez a solução official d'esse debate.
Cada uma d'essas figuras britannicas vale por um protesto mudo, mas eloquente, contra os velhos preconceitos de poetas e de escriptores meridionaes.
Em Inglaterra os romances de Scott invocavam a idade-media as cruzadas, os velhos burgos. Poetas, romancistas, escriptores pendiam para os estudos e para a critica historica.
Encontramos nos livros de medicina e materia medica de alguns escriptores arabes, como por exemplo nos de Serapio e de Avicenna, mencionadas diversas drogas africanas.
O nome do signatario, que era conhecido não só pela sua posição social, senão ainda por ser um dos primeiros escriptores da Allemanha em sciencia economica, afastava todo e qualquer pensamento de mystificação ou de equivoco.
Se a escóla ethnologica está representada, entre os escriptores novos, pelo snr. Theophilo Braga, a escóla social e historica a unica, talvez, a que propriamente se devêra dar o nome de philosophica acaba de achar igualmente entre nós um digno representante n'um escriptor moço e do maior futuro, o snr.
Quanto ás causas moraes, ás considerações piedosas e de amor da prosperidade da nação, que se lêem nos bondosos escriptores de cousas historicas, com mágoa confessamos que a nossa consciencia, involuntariamente incredula, não tem inergia bastante para as ir buscar ás paginas innocentes d'esses escriptores, e aos preambulos pomposos dos foraes, onde, na verdade, tão sanctos motivos e considerações se encontram ás vezes.
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