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Causava lastima o estado de decadencia a que a administração e a vida dissipada dos senhores do Cruzeiro tinham levado aquella casa, de cuja passada grandeza nem se descobriam vestigios. Na actualidade não era mais do que um velho casarão ennegrecido, mal vedado aos ventos e ás chuvas, onde cada dia realisava um novo estrago, que nunca mais era reparado.

O ennegrecido e triste solar da Casa Mourisca remoçou no dia em que o moço proprietario d'elle pôde remir a sua ultima divida a particulares. Esta foi a de Thomé da Povoa.

Era uma casa branca, de um andar e ao correr da rua, mas de solida construcção; bem caiada, bem pintada e bem esfregada. Entrava-se para ella por um pateo coberto de ramada, cercado de um muro baixo e fechado por uma meia cancella de castanho ennegrecido.

Primeiro dominou-o a magia do passado; evocou do silencio dos tumulos aquelles dos seus antepassados, que trouxeram com todo o esplendor o nome que hoje era seu, os que mais alto elevaram o ennegrecido brazão que honrava ainda a frontaria d'aquelle solar em ruinas.

Colhi um cravo. Entramos. E o meu pobre Jacinto contemplou, emfim, as salas do seu solar! Eram enormes, com as altas paredes rebocadas a cal que o tempo e o abandôno tinham ennegrecido, e vazias, desoladamente nuas, oferecendo apenas como vestígio de habitação e de vida, pelos cantos algum monte de cestos ou algum mólho de enxadas.

No dia seguinte, quando a creada veiu tirar a cinza, encontrou um objecto que tinha o feitio d'um pequeno coração de chumbo, e tudo o que restava da dançarina era a fivela do cinto azul que o lume tinha ennegrecido. *João Pateta* João era filho d'uma pobre viuva, bom rapaz, mas um pouco simplorio. A gente da aldeia chamava-lhe por brincadeira João Pateta.

E depois, que contraste entre uma tourada e uma representação theatral! Que a delicadissima leitora, do meio de um deserto, confuso, anarchico, impetuoso, açoutado pelo simuon e ennegrecido pelas areias, se julgue subitamente transportada a um paraiso, onde adejam os cherubins com as suas azas brancas e onde sorriem os anjos com as faces louras.

Um retiro no deserto, Um pi­ncaro grani­tico, açoutado Pelas azas do vento e ennegrecido Por chuvas e por soes. Para ameigar-te Este ar humido e gelido a segure Não foi ferir do bosque o rei. Do estio No ardor canicular nunca disseste: Dáe-me, sequer, do bravo medronheiro O despresado fruct­o! O teu vestido Era o musgo, que tece a mão do inverno, E Deus creou para trajar as rochas.

Mais de tres dias ou quatro Que lhe falta o necessario; Estava hontem no theatro Com luvas côr de canario. A João de Deus Alguns dormem nas mezas, debruçados, Junto aos restos de um vinho bebido; Outros contam seus casos desgraçados. Um d'elles alto, magro, mal vestido, Conta historias d'amor, lançando fumo D'um cachimbo de gesso ennegrecido.

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